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dc.contributor.authorJULIA TOCALINO MORABITO
dc.creatorUniversidade Federal do Paraná
dc.date.accessioned2024-10-28T18:42:21Z
dc.date.available2024-10-28T18:42:21Z
dc.date.issued2020-07-31
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/1884/90622
dc.description.abstractIntrodução A saúde do trabalhador insere-se no campo das práticas em saúde coletiva e compreende que o trabalho representa uma importante instância na patogenia de adoecimentos que acometem os indivíduos, pois possui profunda relação com a constituição da identidade do sujeito, trazendo impactos subjetivos. A psicanálise, neste campo, pode oferecer contribuições ao olhar para o sujeito do inconsciente na sua relação com o trabalho. Objetivos Visando fundamentar melhor o entendimento e as práticas profissionais do campo da saúde do trabalhador, este estudo reúne algumas contribuições teóricas, sob o olhar da psicanálise, a partir do caso de uma trabalhadora que é catadora em Curitiba. Os discursos psicanalíticos ainda se ocupam pouco dessa temática, e é buscando ocupar esse espaço e demonstrar como o sujeito do inconsciente não pode ser compreendido sem tratarmos do trabalho que este estudo se edifica. Material e métodos Como método de investigação tem-se a pesquisa qualitativa, sendo o eixo de análise o psicanalítico. Portanto, além de uma revisão bibliográfica, fez-se uma entrevista. A trabalhadora entrevistada é uma senhora, residente em uma ocupação de Curitiba, que trabalha com reciclagem como catadora há mais de trinta anos e apresenta várias complicações de saúde. Ela é uma das lideranças de sua comunidade há sete anos, faz parte da associação de moradores e busca a regularização fundiária do espaço, ameaçado por uma ação de reintegração de posse que tramita na justiça. A entrevista contou com quinze perguntas e abordou a saúde, o trabalho e o envolvimento militante da catadora. Resultados A resistência da trabalhadora, isto é, sua dificuldade em permitir o acesso ao seu inconsciente, ao tratar dos assuntos referentes a sua saúde, debilitada devido ao trabalho, é notória. Simultaneamente, a catadora reconhece que é através dessa atividade que possui condições para manter sua família e se sente feliz por lutar e ser uma liderança na comunidade. A partir do que emergiu na entrevista e por meio da revisão bibliográfica, pôde-se discutir como do encontro entre o sujeito e o trabalho desprendem os processos saúde-doença e como o trabalho permite um espaço de resistência e de constituição. Verificou-se que, consoante à revisão de literatura, assim como o trabalho adoece, também pode ser a via que organiza e estrutura a vida do sujeito, e, por isso, é necessário considerá-lo para compreender as vivências subjetivas dos trabalhadores. Considerações Finais Não há como pensar em doença e psicopatologia sem levar em conta o trabalho. Este é mais abrangente que um mero ofício, é atribuidor de sentido na vida. Há muita energia psíquica empregada nos trabalhadores que escolhem se mobilizar por direitos, como a entrevistada, e isso nos diz sobre a dinâmica psíquica deles e da importância do trabalho. É preciso que a psicanálise se dedique mais ao encontro entre o sujeito do inconsciente e o trabalho.
dc.format.mimetypeapplication/pdf
dc.relation.ispartofII Congresso de Saúde Coletiva da UFPR
dc.subjectPsicanálise
dc.subjectSaúde do Trabalhador
dc.subjectAdoecimento
dc.titleSAÚDE E TRABALHO: CONTRIBUIÇÕES PSICANALÍTICAS SOBRE O CASO DE UMA CATADORA
dc.typeArtigo
dc.identifier.ocs4064


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