ANÁLISE DO PERFIL DAS INTERNAÇÕES HOSPITALARES NO ESTADO DE PERNAMBUCO NO PERÍODO DE 2015 A 2018.

Abstract

Introdução: Pernambuco conta com uma população estimada de 9.557.071 pessoas para 2019, e uma Rede de Atenção Hospitalar composta por hospitais distribuídos entre a região metropolitana do Recife e o interior do estado. Dentre esses, estão os seis hospitais de grande porte que compõe essa rede onde registram uma média de 113 mil internações por ano. Objetivos: O estudo objetivou analisar as internações nos hospitais que compõem a rede de assistência do SUS em Pernambuco, no período de 2015 a 2018 e descrever o número de internações nos hospitais de grande porte em PE. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo quantitativo e descritivo utilizando dados secundários, realizado nos hospitais de Pernambuco, tendo como objeto as internações hospitalares ocorridas no estado nos anos de 2015 à 2018, os dados foram retirados do TabNet – DATASUS . As variáveis selecionadas foram: número total de internações, número de internações por especialidade, número de internações nos hospitais de grande porte, gastos totais em internações hospitalares, internações por causas sensíveis à atenção básica e sexo. Os dados foram tabulados através do Excel for Windows. Nas análises estatísticas calculou-se as frequências simples e os percentuais de todas as variáveis, identificando algumas características das internações hospitalares de Pernambuco entre 2015 e 2018. Resultados: A região Nordeste é a segunda região do Brasil a concentrar a maior taxa de internações hospitalares (26,8%). Pernambuco registrou 2.212.120 internações hospitalares entre 2015 e 2018, correspondendo a 4,5% das internações hospitalares do país. Quanto ao perfil da população que precisou de internamento, 66% correspondem ao sexo feminino e 34% ao sexo masculino. Dentre as especialidades, destacam-se as cirurgias, e internações de clínica geral, que correspondem, respectivamente, a 34% e 32% do total de internações. Após analisar o número de internações por causas sensíveis à atenção primária, observou-se que tal indicador representou 11% do número total de internamentos no estado, sendo a causa básica mais frequente as gastroenterites infecciosas e complicações, seguidas da Insuficiência cardíaca. Dentre o total de internações 455.505 (21%) ocorreram nos hospitais de grande porte do estado representando um gasto total com internações hospitalares de 3 bilhões de reais, média de 761 milhões/ano. Conclusão: Os resultados obtidos mostram as internações hospitalares com uma tendência de crescimento anual e também que as mulheres ocupam mais vagas que homens nos hospitais, reforçando outros resultados de estudos que provam que as mulheres acessam mais os serviços de saúde. Por fim, traz a perspectiva de discussão acerca do crescente número de internações hospitalares e seus gastos, reafirmando reflexões voltadas para discussões de acesso à saúde, ampliação e fortalecimento da atenção básica.