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dc.contributor.authorJULIANA CHAGAS DA SILVA MITTELBACH
dc.creatorUniversidade Federal do Paraná
dc.date.accessioned2024-10-28T18:41:47Z
dc.date.available2024-10-28T18:41:47Z
dc.date.issued2020-07-31
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/1884/90401
dc.description.abstractINTRODUÇÃO: Inúmeras mulheres são vítimas de abusos, desrespeito e maus-tratos em instituições de saúde no momento do parto. Segundo a Pesquisa Nascer no Brasil a maioria das mulheres que relatam terem sofrido algum tipo de violência na internação para o parto são negras, de menor escolaridade e atendidas no setor público. No Brasil violência obstétrica não é considerada crime e há divergências sobre o uso deste termo. OBJETIVOS: Analisar o conhecimento produzido sobre violência obstétrica; avaliar se a violência obstétrica tem maior ocorrência com mulheres negras. MATERIAL E MÉTODOS: Trata-se de uma revisão integrativa sobre a violência obstétrica contra mulheres negras, que faz parte da revisão de literatura da dissertação intitulada “A cor da Violência Obstétrica” desta autora. Para a realização da revisão utilizou-se o modelo proposto por Ganong (1987), que envolve as seguintes etapas:1) identificar o tema, definir problema e a pergunta clínica em formato PICOT; 2) Procurar a melhor evidência; 3) Avaliar criticamente as os estudos pré-selecionados; 4) Integrar as evidências; 5) Discussão dos resultados; 6) Apresentação da síntese do conhecimento produzido. O resultado da estratégia de busca em quatro bases de dados e duas bibliotecas virtuais foram 23 artigos. Destes, 15 entraram nos critérios de exclusão, sendo selecionados oito artigos. RESULTADOS: A violência obstétrica tem maior ocorrência entre mulheres negras, sendo que nas de baixa renda as técnicas médicas obsoletas são mais praticadas. A violência obstétrica é entendia como uma manifestação da violência de gênero, exacerbada pelo desconhecimento das mulheres sobre medicina, que faz com que as mulheres por vezes não identifiquem a violência sofrida. Outra questão relevante é a justificativa dos profissionais de hospitais públicos, que aludem que a sobrecarga de trabalho, a falta de material adequado e o dimensionamento de profissionais insuficientes, resultam em uma assistência desumanizada. No enfrentamento à violência obstétrica destaca-se a necessidade de mudança curricular fundamentando a assistência ao parto em procedimentos baseados em evidencia, a importância de legislações que criminalizem a violência obstétrica, o enfrentamento as desigualdades sociais, o combate ao racismo e a defesa da igualdade de gênero. CONCLUSÕES: Pode-se depreender que a violência obstétrica tem maior ocorrência entre mulheres negras e pobres. Como fragilidade dos estudos podemos apontar que a maior parte dos artigos segmentam as causas da violência obstétrica, focando na violência médica, ou no racismo institucional, ou nas desigualdades sociais. Somente dois artigos abordam questões de gênero, raça e classe, porém não trataram da hierarquia médica sobre o corpo da mulher. Faz-se necessário estudos que abordem o tema na totalidade.
dc.format.mimetypeapplication/pdf
dc.relation.ispartofII Congresso de Saúde Coletiva da UFPR
dc.subjectViolência Obstétrica
dc.subjectMulheres Negras
dc.subjectRacismo
dc.titleA COR DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA, UMA REVISÃO INTEGRATIVA
dc.typeArtigo
dc.identifier.ocs3840


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