O Movimento Paranista : formação e permanência dos símbolos nos séculos XX e XXI

Abstract

Resumo: O século XX foi marcado por uma efervescência na formação de movimentos identitários nacionais e que devido ao modelo de federalismo republicano e seu caráter descentralizador favoreceu a construção de movimentos que ocorreram em diversas regiões e estados brasileiros. O movimento Paranista, ocorrido no estado do Paraná, apesar de ter foi criado no ano de 1927, por meio da publicação da revista Ilustração Paranaense e intermédio de Romário Martins, jornalista, escritor e historiador paranaense, possuía origem remanescente na emancipação do estado, ocorrido em 1853. Neste período houve a necessidade de marcar uma identidade de um povo que não se reconhecia originário deste lugar, mas que por meio de uma construção simbólica seria considerado o povo formador deste estado. O movimento utilizou a exaltação dos valores locais e o desenvolvimento de uma simbologia construída, principalmente, na adoção de um imaginário baseado em elementos nativos da flora local, como o pinhão e o pinheiro paranaense (araucaria angustifolia), que permanecem considerados símbolos identitários do estado até os dias de hoje. Diante disso, este trabalho busca apresentar as noções básicas sobre os movimentos identitários ocorridos no Brasil no início do século XX, com foco especial no Movimento Paranista ou Paranismo, ocorrido no estado do Paraná. Apresenta sua origem, principais símbolos, obras e artistas Paranistas e a influência da arte na criação do imaginário e a propagação da iconografia Paranista durante os séculos XX e XXI

Abstract: The 20th century was marked by an effervescence in the formation of national identity movements and which, due to the model of republican federalism and its decentralizing character, favored the construction of movements that took place in different regions and Brazilian states. The Paranista movement, which took place in the state of Paraná, despite having been created in the year 1927,, through the publication of the Illustration Paranaense magazine and through Romário Martins, a journalist, writer and historian from Paraná, had a remaining origin in the emancipation of the state, which occurred in 1853. In this period, there was a need to mark an identity of a people who did not recognize themselves as originating from this place, but who, through a symbolic construction, would be considered the people that formed the state. The movement used the exaltation of local values and the development of a built symbology, mainly, in the adoption of an imaginary based on native elements of the local flora, such as the pine nut and the Paraná pine (araucaria angustifolia), which remain considered identity symbols of the state until today. In view of this, this work seeks to present the basic notions about the identity movements that occurred in Brazil in the early twentieth century, with a special focus on the Paranista Movement or Paranismo, which occurred in the state of Paraná. It presents its origin, main symbols, Paranista works and artists and the influence of art in the creation of the imaginary and the propagation of Paranista iconography during the 20th and 21st centuries