Aplicação da corrente aussie em indivíduos com dor lombar crônica : ensaio clínico randomizado, controlado e duplo cego

Abstract

Resumo : O presente trabalho teve por objetivo verificar o efeito analgésico da Corrente Aussie (CA), em indivíduos com Dor Lombar Crônica (DLC). Trata-se de um ensaio clínico randomizado, controlado e duplo-cego. Foram selecionadas pessoas de ambos os sexos que apresentavam DLC de caráter localizado e Escala Numérica da Dor (END) maior que 3 no dia da avaliação. Dezesseis (16) participantes foram selecionados até o momento da paralisação do projeto, os quais foram divididos em 5 grupos randomicamente: GA1kHz/100Hz (n=4), GA1kHz/2Hz (n=3), GA4kHz/100Hz (n=4), GA4kHz/2Hz (n=4) e GP (n=1). O tratamento com a CA teve como parâmetros a corrente portadora de 1000Hz e 4000Hz, com amplitude de modulação de frequência (AMF) de 100Hz e 2Hz e burst 4 ms. Ao todo, os participantes foram submetidos a 10 sessões de CA durante 30 minutos cada sessão. O desfecho primário do estudo foi a avaliação da dor através da END, do Questionário da dor de McGill (QDM), e pelo Limiar de dor a pressão (LDP). Os desfechos secundários foram a funcionalidade, pelo questionário de dor lombar de Oswestry (ODLO); a autopercepção pela Escala de Percepção de Efeito Global (EPG); a funcionalidade emocional pelo Inventário de Depressão de Beck (IDB) e Escala Visual de Ansiedade (EVdA); a satisfação pelo questionário MedRisk; a influência dos fatores biopsicossociais na dor lombar pelo Start Back Screening Tool (SBST) e a avaliação musculoesquelética pelos testes: Fleximetria da coluna lombar; Teste de sentar e alcançar, Teste 3º Dedo Solo, Teste de Schober, Teste de Stibor e Teste de sentar e levantar de uma cadeira 5 vezes. Os resultados da pesquisa demonstraram que os achados são insuficientes para concluir que a CA possui eficácia analgésica na DLC e, que modulações específicas da CA possuem efeitos positivos na flexibilidade da coluna lombar e na descrição da ansiedade dos participantes com DLC, em que o grupo GA1kHz/100KHz demonstrou melhora significativa em ambos. Para os desfechos relacionados à dor pela END em indivíduos com DLC, nenhum dos parâmetros da CA houve relevância