Influência de espécies arbóreas exóticas sobre a estrutura, composição e diversidade dos estratos arbóreo e regenerativo em três fragmentos florestais urbanos de Curitiba, PR
Resumo
Resumo : Os fragmentos florestais localizados nas áreas urbanas são considerados essenciais no equilíbrio ecológico e na manutenção da biodiversidade nas cidades. No entanto, essas áreas são diretamente impactadas pela urbanização, como através do aumento no número e na disseminação de espécies exóticas, muitas consideradas invasoras, as quais são mundialmente reconhecidas como uma das principais causas globais de perda de diversidade biológica. Nesse contexto, o objetivo do estudo foi avaliar e comparar a influência das espécies arbóreas exóticas sobre a estrutura, composição e diversidade dos estratos arbóreos e regenerativo em três fragmentos urbanos de Floresta Ombrófila Mista situados em Curitiba, no Paraná: Floresta do Biológicas (BIO), Floresta do Lago (LAGO) e Floresta da Airumã (AIRU). A análise do estrato arbóreo foi realizada por meio de parcelas com dimensões de 10 x 10 metros. Todos os indivíduos de porte arbóreo com circunferência à altura do peito (CAP) = 15 cm foram mensurados. O estrato regenerativo foi analisado por meio de parcelas com 1 x 10 metros, nas quais todos os indivíduos de espécies arbóreas com altura =10 cm e CAP =15 cm foram amostrados. A estrutura horizontal foi verificada através de parâmetros fitossociológicos, obtendo-se o Índice de Valor de Importância e o Índice de Regeneração Natural. Como forma de determinar o nível de invasão por espécies exóticas foi utilizado o Índice de Invasão Biológica. Para a análise da diversidade, foram obtidos os índices de diversidade de Shannon e de dominância de Simpson. A quantificação da diversidade verdadeira foi realizada com o uso do pacote iNEXT Online, baseado nos números de Hill. A similaridade entre os fragmentos foi avaliada por meio do índice de similaridade de Bray-Curtis, com gráfico de ordenação NMDS. O teste PERMANOVA foi aplicado para verificar as diferenças estatísticas. A amostragem do estrato arbóreo incluiu 70 espécies (BIO), 28 espécies (LAGO) e 81 espécies (AIRU). O estrato regenerativo abrangeu 95 espécies (BIO), 52 espécies (LAGO) e 87 espécies (AIRU). Foram detectadas 15 espécies exóticas, sete classificadas como invasoras na Floresta Ombrófila Mista. No estrato arbóreo, a espécie mais importante (PI) foi Ligustrum lucidum, para a BIO (21,4%) e para o LAGO (35,8%), enquanto para AIRU foi Araucaria angustifolia (13,7%). A estrutura da comunidade regenerante foi representada principalmente pelas espécies Allophylus edulis (18,9%) na BIO, Symplocos tetrandra (28,7%) no LAGO e Rudgea jasminoides (10,1%) na AIRU. A Floresta do Lago apresentou a maior incidência de invasão biológica, sendo o nível mais alto para ambos estratos, enquanto na AIRU foi irrelevante. A maior diversidade foi verificada na Floresta da Airumã. Quanto à similaridade, a Floresta da Airumã diferiu significativamente dos outros dois fragmentos. Foram identificadas singularidades próprias em cada estrato analisado, que revelaram tanto semelhanças como distinções em termos de riqueza, estrutura, diversidade e níveis de invasão biológica. Os diferentes históricos de perturbação e alterações no ambiente ao longo do tempo, além das variações naturais devido à distância geográfica e aos diferentes tipos de cobertura vegetal original em cada área, contribuíram para as diferenças observadas nos aspectos da vegetação, incluindo na invasão biológica. Abstract : Os fragmentos florestais localizados nas áreas urbanas são considerados essenciais no equilíbrio ecológico e na manutenção da biodiversidade nas cidades. No entanto, essas áreas são diretamente impactadas pela urbanização, como através do aumento no número e na disseminação de espécies exóticas, muitas consideradas invasoras, as quais são mundialmente reconhecidas como uma das principais causas globais de perda de diversidade biológica. Nesse contexto, o objetivo do estudo foi avaliar e comparar a influência das espécies arbóreas exóticas sobre a estrutura, composição e diversidade dos estratos arbóreos e regenerativo em três fragmentos urbanos de Floresta Ombrófila Mista situados em Curitiba, no Paraná: Floresta do Biológicas (BIO), Floresta do Lago (LAGO) e Floresta da Airumã (AIRU). A análise do estrato arbóreo foi realizada por meio de parcelas com dimensões de 10 x 10 metros. Todos os indivíduos de porte arbóreo com circunferência à altura do peito (CAP) = 15 cm foram mensurados. O estrato regenerativo foi analisado por meio de parcelas com 1 x 10 metros, nas quais todos os indivíduos de espécies arbóreas com altura =10 cm e CAP =15 cm foram amostrados. A estrutura horizontal foi verificada através de parâmetros fitossociológicos, obtendo-se o Índice de Valor de Importância e o Índice de Regeneração Natural. Como forma de determinar o nível de invasão por espécies exóticas foi utilizado o Índice de Invasão Biológica. Para a análise da diversidade, foram obtidos os índices de diversidade de Shannon e de dominância de Simpson. A quantificação da diversidade verdadeira foi realizada com o uso do pacote iNEXT Online, baseado nos números de Hill. A similaridade entre os fragmentos foi avaliada por meio do índice de similaridade de Bray-Curtis, com gráfico de ordenação NMDS. O teste PERMANOVA foi aplicado para verificar as diferenças estatísticas. A amostragem do estrato arbóreo incluiu 70 espécies (BIO), 28 espécies (LAGO) e 81 espécies (AIRU). O estrato regenerativo abrangeu 95 espécies (BIO), 52 espécies (LAGO) e 87 espécies (AIRU). Foram detectadas 15 espécies exóticas, sete classificadas como invasoras na Floresta Ombrófila Mista. No estrato arbóreo, a espécie mais importante (PI) foi Ligustrum lucidum, para a BIO (21,4%) e para o LAGO (35,8%), enquanto para AIRU foi Araucaria angustifolia (13,7%). A estrutura da comunidade regenerante foi representada principalmente pelas espécies Allophylus edulis (18,9%) na BIO, Symplocos tetrandra (28,7%) no LAGO e Rudgea jasminoides (10,1%) na AIRU. A Floresta do Lago apresentou a maior incidência de invasão biológica, sendo o nível mais alto para ambos estratos, enquanto na AIRU foi irrelevante. A maior diversidade foi verificada na Floresta da Airumã. Quanto à similaridade, a Floresta da Airumã diferiu significativamente dos outros dois fragmentos. Foram identificadas singularidades próprias em cada estrato analisado, que revelaram tanto semelhanças como distinções em termos de riqueza, estrutura, diversidade e níveis de invasão biológica. Os diferentes históricos de perturbação e alterações no ambiente ao longo do tempo, além das variações naturais devido à distância geográfica e aos diferentes tipos de cobertura vegetal original em cada área, contribuíram para as diferenças observadas nos aspectos da vegetação, incluindo na invasão biológica.
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