Imaginação e razão em Espinosa
Resumo
Resumo: Procuramos apresentar nesta dissertação uma leitura acerca da teoria dos gêneros de conhecimento na filosofia de Bento de Espinosa sob o aspecto da sua relação com o conceito de abstração. Pretendemos mostrar no curso do livro II da Ética o que se delineia como uma teoria da abstração enquanto chave interpretativa conceitual da filosofia de Espinosa. Para tanto, analisamos os modos de percepção e gêneros de conhecimento sob o ângulo das relações conceituais que nos permitem uma abordagem das funções da abstração na teoria dos gêneros de conhecimento. Na filosofia de Espinosa, a noção de abstração opera em dois registros, na imaginação e no nível da razão. A partir da natureza da imaginação na Ética como ponto de partida conceitual, compararemos o caminho do conceito de abstração com a imaginação situada no contexto da obra espinosana. Assim, também faremos com o segundo gênero de conhecimento, a razão. De tal maneira que as imbricações estruturantes dos pares: imaginação - abstração; razão - abstração, apresentem por fim, uma conclusão cuja coerência nos permita esboçar a posição espinosana sobre o conceito de abstração e seus usos. Abstract: In this dissertation, we search for a reading on the theory of genres of knowledge in Spinoza’s philosophy under the aspect of its relationship with the concept of abstraction. We intend to show in the course of book II of Ethics what is drawn as a theory of abstraction as a conceptual interpretative key of Spinoza’s philosophy. For this, we analyze the modes of perception and genres of knowledge from the perspective of conceptual relations that allow us to approach the functions of the abstraction in the theory of genres of knowledge. In Spinoza’s philosophy, the notion of abstraction operates in two registers, at the imagination and at the level of reason. From the nature of imagination in Ethics, we will take it as a conceptual starting point, comparing the path of the concept of abstraction with the imagination situated in the context of Spinoza's work. So, we will also do with the second kind of knowledge, reason. So that the structuring relations of the pairs: imagination - abstraction; reason - abstraction, finally present a conclusion whose coherence allows us to sketch Spinoza’s position on the concept of abstraction and its uses.
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