Incidência e características das lesões desportivas em praticantes de treinamento funcional
Resumo
Resumo : Desde sua chegada ao Brasil o Treinamento Funcional (TF) tem atraído, diariamente, milhares de novos praticantes e impulsionado a abertura de vários centros de treinamento pelo país. Baseado na execução de movimentos funcionais e suas respectivas variações, sendo também frequente a utilização de ferramentas e equipamentos que acrescentam diversos graus de dificuldade aos exercícios, este é capaz de entregar aos seus atletas benefícios como, por exemplo, redução da obesidade, controle dos níveis pressóricos e das demais comorbidades associadas. Como nas demais modalidades esportivas as lesões são uma realidade comum também ao TF, o que torna de grande relevância o estudo das mesmas. Este trabalho tem como objetivo principal avaliar o índice de lesões (número de agravos por tempo de exposição) registrado entre os praticantes de Treinamento Funcional. Para isso foi estudada uma amostra de 126 praticantes oriunda de 3 centros de treinamento de duas cidades da região oeste do Paraná. Os mesmos responderam um Inquérito de Morbidade Referida (IMR) no qual constavam questões relativas ao seu perfil, rotina de treino, lesões sofridas e tratamentos empregados. Os dados obtidos foram tabulados e utilizando-se o índice de incidentes OSHA (Occupational Safety and Health Administration) encontrou-se um valor correspondente a 3,37 lesões a cada 1000 horas de exposição. A principal região anatômica acometida foi a dos ombros, as lesões de etiologia traumática foram as mais prevalentes e exercícios multiarticulares complexos e aqueles com números elevados de repetições foram os principais desencadeantes das injúrias. Por meio de testes tindependente observou-se que variáveis como maior frequência e duração dos treinos e treinamentos visando a participação em competições apresentaram-se como fator de risco para aos agravos. Já o acompanhamento integral do profissional de educação física mostrou-se como um fator protetor. As condutas terapêuticas conservadoras foram empregadas na maioria dos casos e o tempo médio de recuperação foi de 53,3 dias
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- Medicina (Toledo) [69]