Sem LGBTI+ não há revolução : reflexões a partir da formação política de LGBTI+ de movimentos sociais do campo, águas e florestas da Via Campesina Brasil
Resumo
Resumo: Uma real transformação social terá pássaros coloridos bordados na bandeira da Pátria Livre. Este artigo objetiva trazer reflexões iniciais sobre os processos de formação política de LGBTI+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Intersexuais) no encontro dos Movimentos Sociais do campo, águas e florestas articulados na Via Campesina Brasil, reflexões postas em pesquisa de um fenômeno vivo em movimento. Mediante um olhar a de várias vivências, intercâmbios e debates coletivos, o presente trabalho objetiva elencar elementos históricos e possíveis chaves de reflexão sobre a pauta da Diversidade Sexual e de Gênero no interior da Via Campesina e provocar potencialidade e desafios para os movimentos. O trabalho está estruturado nas seções: A Via Campesina e a Diversidade Sexual e de Gênero; Corpo, Território e Diversidade Sexual e de Gênero; Soberania Alimentar e Relações Humanas Saudáveis; Potencialidades e desafios dos Movimentos Sociais da Via Campesina sobre a formação em Diversidade Sexual e de Gênero. A metodologia utilizada se pautou pela revisão bibliográfica, destacando formulações dos movimentos sociais do campo e pesquisa do tipo participante, pois quem o escreve faz parte do observado e refletido. Em tom de reflexão política desejo que as ideias trazidas aqui possam, em algum nível, contribuir na sistematização, proposição e/ou ação política buscando construir novas formas de relação humana e com a natureza. Procurando partir do olhar de uma LGBTI+ Sem Terra, indicamos algumas agendas que podemos assumir na construção de uma emancipação humana, anunciando que a revolução será LGBTI+ ou não será!