Cores, lápis e facão : diversidade sexual e de gênero na luta pela terra e por educação do campo
Resumo
Resumo: Sair do armário é um ato revolucionário, ainda mais em um movimento social tal qual o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), que vem assumindo a tarefa de potencializar radicalmente a luta das LGBTs (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) pela Liberdade Sexual. Essa categoria será abordada com o devido caráter político, e se detém àquelas/es sujeitos que transgridem a heteronormatividade e a cisgenereidade. O presente trabalho tem por objetivo geral caracterizar a Diversidade Sexual e de Gênero na luta pela terra e por Educação do Campo. E por objetivos específicos caracterizar a historicidade da Diversidade Sexual e de Gênero no MST. Identificar elementos de acordo com os pressupostos teóricos da Educação do Campo, articulada ao projeto de Reforma Agrária Popular, como meio estratégico para formação de seres humanos na superação das relações de opressão – dominação - exploração advindas do machismo, sexismo e a LGBTfobia – expressões materiais do Patriarcado, Heterossexismo e do Capitalismo. Levantar características que compõem a identidade LGBT Sem Terra na luta pela terra, Reforma Agrária Popular e transformação social. Discutir as funções dos conteúdos para a apropriação do conhecimento combinando o cognitivo com formação de sujeitos anticapitalistas, anti-sexista e antiLGBTfóbicos. E construir um PTD (Plano de Trabalho Docente) por Complexos de Estudo, direcionado para o Ensino Médio, a fim de criar possibilidades de ensino e aprendizagem articulando conhecimento científico e Diversidade Sexual e de Gênero enquanto porção da realidade. As metodologias utilizadas para fundamentação teórica e desenvolvimento do trabalho se deram mediante pesquisas bibliográficas, análise documental, pesquisa a campo e em grande maioria por pesquisa participante, devida a própria práxis política nos espaços e acontecimentos descritos neste trabalho. Para concluir, formar lutadores do presente e construtores de um futuro é imprescindível a abolição do machismo, sexismo e da LGBTfobia, é tarefa indispensável, enquanto Classe Trabalhadora, Sem Terra e Educação do Campo que buscam a construção do Socialismo.