Efeitos do método canguru nos sinais vitais de neonatos pré-termo : uma revisão sistemática

Abstract

Resumo : Introdução/objetivo: O Método Canguru (MC) é uma política pública de saúde, e uma de suas etapas consiste em colocar o recém-nascido (RN) em contato direto com a pele do responsável pelo RN. Essa intervenção é amplamente utilizada dentro das Unidades de Terapias Intensivas Neonatais (UTIN), pois pode apresentar benefícios no que diz respeito à dor, aos sinais vitais e biopsicossociais. Porém, ainda não há consenso sobre esses efeitos em relação aos sinais vitais. Com isso, o objetivo deste estudo foi revisar sistematicamente as evidências disponíveis sobre os efeitos do MC nos sinais vitais (dor, frequência cardíaca, frequência respiratória, saturação de oxigênio e pressão arterial) em neonatos pré-termos e/ou baixo peso. Métodos: Essa revisão sistemática foi conduzida conforme as diretrizes PRISMA e registrada no PROSPERO. A busca por artigos nas bases de dados PubMed, Web of Science e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) ocorreu em Julho de 2021. Os critérios de inclusão foram os estudos do tipo clínico randomizado e/ou controlado, transversais randomizados, cruzados simples-cego e cruzados; publicados nos últimos 10 anos (2011-2021); em português ou inglês e eleitos os que incluíssem a relação do MC com algum dos sinais vitais do recém nascido prematuro. Já os critérios de exclusão foram os estudos que verificaram o efeito do método em recém nascidos a termo, com peso normal ou com alguma comorbidade/doença e, os que não relacionavam o método com algum sinal vital. A qualidade metodológica dos estudos foi analisada pela escala PEDro. Resultados: Foram incluídos 15 estudos (289 participantes). Sendo que 11 artigos obtiveram classificação de alta a moderada qualidade e 4 de alta qualidade. Conclusão: Verificou-se que o tratamento humanizado promovido pelo Método Canguru atua influenciando positivamente o desenvolvimento de recém nascidos prematuros e de baixo peso, sendo uma ótima alternativa não farmacológica para o alívio da dor, além de contribuir para estabilizar a frequência cardíaca e aumentar a SpO2, entretanto, em relação a frequência respiratória os resultados ainda são controversos, e sobre a PA faltam evidências