Análise in vitro do impacto erosivo da caipirinha no esmalte dentário humano
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Data
2019Autor
Baracho, Ana Clélia Xavier Roussenq
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Resumo: O objetivo deste trabalho foi avaliar in vitro o potencial erosivo das bebidas a base de cachaça no esmalte dentário humano. Oitenta espécimes de terceiros molares humanos hígidos de 4 mm x 4 mm foram aleatoriamente alocados em 4 grupos experimentais: cachaça, caipirinha artesanal; caipirinha industrializada e ácido cítrico a 0.3% (controle). Cada amostra foi coberta em sua metade por verniz ácido resistente, obtendo o lado controle e o lado experimental. Os espécimes foram imersos nas soluções por 5 minutos seguido por 2 horas de saliva artificial, 6x/dia por 10 dias, em um modelo de ciclagem de erosão-remineralização com temperatura controlada (37°C) e agitação constante (110 rpm). As amostras de esmalte dentário foram analisadas por meio de pH, microdureza de superfície Knoop, microscopia eletrônica de varredura (MEV), espectroscopia de raios-X por energia dispersiva (EDS), espectrometria de emissão óptica com plasma indutivamente acoplado (ICP-OES) e microscopia confocal de perfilometria óptica de não contato. Os dados foram analisados quanto a sua normalidade e homogeneidade por Shapiro- Wilk e Levene. Os testes estatísticos utilizados foram ANOVA seguido pelo teste de Tukey e Kruskall-Wallis, considerando um nível de significância de 5%. As bebidas experimentais avaliadas têm pH ácido e todos os grupos apresentaram diferença significativa na perda de cálcio, fósforo e microdureza entre os lados controle e experimental após o desafio erosivo (p<0,05). Nos 4 grupos as imagens de MEV e de perfilometria mostraram que a topografia do esmalte no lado experimental das amostras ficou mais irregular e rugosa. A análise realizada por ICP-OES apresentou aumento significativo de cálcio em todas as quatro soluções testadas (p<0,05). As bebidas a base de cachaça utilizadas no estudo possuem alto potencial erosivo in vitro e é importante que o cirurgião-dentista conheça e oriente os pacientes quanto a frequência de consumo. Palavras-chaves: Erosão dentária. Dureza do esmalte. Alcoolismo. Caipirinha. Cachaça. Perfilometria. ICP-OES. Abstract: The purpose of this study was to assess the hardness, mineral content, surface roughness, and micromorphology of sound and demineralized enamels, before and after exposition to alcoholic beverages using caipirinha. 80 human third molars samples (4x4 mm) were exposed to four different substances: handmade caipirinha, bottled caipirinha, cachaça and citric acid (control group). Half of each sample was covered by acid resistant varnish to divide into control and exposed sides. An erosion-remineralization cycle was used for 5 minutes, followed by a 2 hour artificial saliva exposition, 6 times a day, during 10 days. Temperature and agitation mode were constant and controlled. Microhardness, pH, x-ray spectrometry (EDS), inductively couple plasma-optical emission spectrometry (ICP-OES), scanning electron micrographs (MEV) and non-contact optical profilometer were used to analyze enamel erosion. After normality and homogeneity tests Shapiro-Wilk and Levene, data were analyzed at significance level of alpha=0.05 by ANOVA followed by Tukey tests and Kruskall-Wallis. All the tested beverages had low pH (<5.0). The four experimental groups showed significative difference in microhardness, calcium and phosphorus loss when compared before and after erosive challenge (p<0.05). Profilometry tridimensional reconstruction and micrographs showed that the exposed side of the samples were uneven and more rough than the control side. The beverages used in this study have high in vitro erosive potential. It is essential that the clinicians be aware of its consumption in order to orientate patients. Key words: Dental erosion. Enamel hardness. Profilometry. Alcoholism. Caipirinha. Cachaça.
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