Medicina do trabalho : A visão do periciando acerca da doença incapacitante

Abstract

Resumo: A medicina do trabalho deve ser entendida como a arte de estudar, prevenir e tratar doenças que têm sua origem no trabalho, utilizando as bases técnicocientíficas da medicina, em suas aplicações pessoais e coletivas, visando relações que vinculam os problemas de saúde/doença dos trabalhadores ao ambiente físico e social em que trabalham ou vivem. Sendo um tema de grandes proporções na atualidade sua relevância social é de extrema valia para dar voz aos afastados por doença, fornecendo um espaço de escuta e de auxílio aos envolvidos na pesquisa, no sentido de diminuir seus anseios e demonstrar respeito e atenção aos seus problemas de saúde. Este artigo possui 1 (um) objetivo geral e 4 (quatro) objetivos específicos, que foram: determinar a visão do periciando sobre sua doença incapacitante e as consequências que trazem a ele; caracterizar a Medicina do Trabalho, seus objetivos, métodos e definições; identificar as principais doenças incapacitantes; definir o processo de Perícia através da visão da Medicina do Trabalho e do periciando; determinar a importância da visão do periciando sobre sua doença, assim como o nível de informação que ele tem acerca de sua situação. Contou com duas etapas: a pesquisa bibliográfica e a aplicação de um questionário para indivíduos que estavam em processo de perícia médica para afastamento de suas atividades laborais. O período de realização iniciou-se no mês de agosto e estendeu-se até o mês de novembro de 2022. A primeira etapa foi o delineamento de tema e pergunta-problema, para que assim, pudesse ser iniciada pesquisa bibliográfica. A pesquisa foi realizada em portais como Scielo, CAPES, o Google Acadêmico e repositórios acadêmicos como a UFPR e Unesp. No período de agosto a setembro de 2022 aplicou-se questionário indagando sobre a visão do periciando acerca de sua situação. O questionário contou com 7 perguntas de sim ou não, que levantavam informações sobre o processo de perícia. Chegou-se à conclusão de que, entender o processo subjetivo de aceitação e entendimento acerca da doença, faz com o que o periciando sinta-se melhor e menos incapaz durante seu afastamento. Porém, é notável que em casos relacionados a transtornos mentais, houve a maior quantidade de indeferimentos e consequentemente, maior quantidade de inconformismos em relação ao resultado da perícia e retorno ao trabalho.