Potencial dos principais polos florestais paranaenses para produção e mitigação climática

Abstract

Resumo: Com intuito de abastecer o mercado consumidor de matéria-prima oriunda das florestas plantadas e para atingir as metas e compromissos estabelecidos para mitigação das mudanças climáticas, são necessários o conhecimento das áreas de florestas, dos estoques de volume, biomassa, carbono e dióxido de carbono equivalente presentes nelas. Diante disso, o objetivo deste estudo é avaliar o potencial dos polos florestais paranaenses para produção de matéria-prima e para mitigação das mudanças climáticas. Os dados sobre a área de estudo foram obtidos da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE), do Instituto Água e Terra (IAT), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Ministério do Meio Ambiente (MMA). Para estimar os estoques de volume das florestas plantadas foi realizado uma simulação nos softwares Siseucalipto e Sispinus. Enquanto os estoques de biomassa, carbono e dióxido de carbono equivalente foram adquiridos por equações e utilização de índices encontrados na literatura para as culturas avaliadas. Os estoques de volume, biomassa, carbono e dióxido de carbono equivalente para as florestas nativas foram obtidos por extrapolação utilizando valores recomendados na literatura para o bioma Mata Atlântica. Os estoques foram estimados para os setes polos florestais estudados, sendo eles: Telêmaco Borba, Sengés, Lapa, Guarapuava, General Carneiro, Vale do Ribeira e Ponta Grossa. O polo de Telêmaco Borba tem a maior área de florestas plantadas, com o maior plantio de Eucalyptus e General Carneiro tem os maiores estoques estudados para o gênero Pinus. Os estoques de volume e biomassa total suprem o mercado consumidor por cerca de 4 anos. O maior estoque das florestas nativas está presente em Guarapuava. Com exceção de Telêmaco Borba com somente 12%, os outros polos têm mais de 35% das suas florestas nativas dentro das Unidades de Conservação, enfatizando a importância da criação e manutenção delas. Portanto, o setor florestal tem contribuído significativamente para abastecer o mercado consumidor de madeira e para o cumprimento das leis e acordos com intuito de mitigação das mudanças climáticas.

Abstract: In order to supply the consumer market with raw material from planted forests and to achieve the goals and commitments established for climate change mitigation, knowledge of forest areas, volume stocks, biomass, carbon and carbon dioxide equivalent present in them is necessary. In view of this, the objective of this study is to evaluate the potential of Parana's forest clusters for raw material production and for climate change mitigation. Data on the study area were obtained from the Paranaense Association of Forestry-based Companies (APRE), the Instituto Água e Terra (IAT), the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE) and the Ministry of Environment (MMA). To estimate the volume stocks of planted forests, a simulation was performed in the Siseucalipto and Sispinus software programs. While the stocks of biomass, carbon and carbon dioxide equivalent were acquired by equations and use of, indices found in the literature for the crops evaluated. The stocks of volume, biomass, carbon and carbon dioxide equivalent for the native forests were obtained by extrapolation using values recommended in the literature for the Atlantic Forest biome. The stocks were estimated for the seven forest poles studied, namely: Telêmaco Borba, Sengés, Lapa, Guarapuava, General Carneiro, Vale do Ribeira and Ponta Grossa. The Telêmaco Borba center has the largest area of planted forests, with the largest planting of Eucalyptus and General Carneiro has the largest stocks studied for the genus Pinus. The volume and total biomass stocks supply the consumed market for about 4 years. The largest stock of native forests is present in Guarapuava. With the exception of Telêmaco Borba, with only 12%, the other clusters have more than 35% of their native forests within Conservation Units, emphasizing the importance of their creation and maintenance. Therefore, the forest sector has contributed significantly to supply the consumed wood market and to comply with the laws and agreements aimed at mitigating climate change.