Comparação entre testes de olfato e associações com variáveis clínicas no contexto de pacientes pós-covid19
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Data
2021Autor
Silva, Victor Augusto Dardani Moreira da
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Resumo: Introdução: distúrbios olfatórios são muito comuns na população em geral, especialmente durante a pandemia de COVID-19, causando significativo impacto na qualidade de vida. O registro da função olfatória de forma objetiva é fundamental para o diagnóstico, acompanhamento, tratamento e seguimento de pacientes que se queixam de déficits olfatórios, que cursam com doenças inflamatórias das vias aéreas superiores, neurodegenerativas ou infecções virais. Entre os diferentes testes de olfato existentes no Brasil, os testes Alcohol Sniff Test (AST) e Connecticut Chemosensory Clinical Research Center (CCCRC) são opções bem difundidas e baixo custo, porém, é preciso saber a compatibilidade entre o resultado desses testes, bem como identificar os possíveis fatores que estão associados com o resultado de cada teste. Objetivos: analisar e comparar as opções de teste olfatório AST e CCCRC nas suas respectivas capacidades de discriminação de déficit olfativo em pacientes com distúrbios olfatórios pós-COVID-19. Desse modo, buscar compreender a possibilidade de comparação entre seus resultados. Metodologia: Trata-se de um estudo analítico observacional transversal para pesquisa e comparação de dois testes da capacidade olfativa. Pacientes voluntários com síndromes pós-CoVID foram avaliados em consulta clínica e por meio dos dois testes de capacidade olfatória, AST e CCCRC, os resultados foram analisados estatisticamente por métodos de comparação de amostras e métodos de regressão linear e logística para verificar a compatibilidade dos testes e variáveis que possam estar associadas com seus resultados. Resultados: a amostra apresentou distribuição normal para maioria das variáveis medidas, verificado pelo teste de Smirnov-Kolmogorov adequado para o tamanho da amostra analisada. Nos testes de comparação de médias e distribuições, foi verificado que as queixas subjetivas e escalas visuais analógicas não estão associadas com os resultados dos testes objetivos de olfato. Além disso, as regressões logísticas revelaram que, dentre as variáveis analisadas, apenas a idade, o sexo e o estímulo nocivo do trigêmeo foram variáveis associadas com os resultados dos testes objetivos. Conclusões: os testes AST e CCCRC não apresentam compatibilidade dos seus resultados, classificando os pacientes em domínios não compatíveis e as variáveis medidas que estão associadas com seus resultados são apenas a idade, sexo e presença da sensibilidade ao estimulo nocivo do trigêmeo.