Perda de implantes em mandíbula com osteonecrose relativa ao uso de medicações antirreabsortivas

Abstract

Resumo : O presente trabalho tem por objetivo relatar e analisar casos de pacientes que fizeram uso de medicações antirreabsortivas para tratamento de osteoporose -Alendronato (Fosamax), Denosumabe (Prolia) e tratamento de câncer ácido zoledrônico (Zometa®), e desenvolveram osteonecrose dos maxilares associada à medicamentos (ONAM) em região peri-implantar, atendidos no serviço de cirurgia buco maxilo facial do Hospital Erasto Gaertner. Para isso, foram selecionados casos de pacientes que possuíam implantes dentários previamente à terapia com medicamentos anti-reabsortivos e desenvolveram ONAM na região perimplantar. Coletaram-se dados do prontuário médico hospitalar, bem como acompanhamento clínico dos pacientes. Resultados: estão inclusos três pacientes, sendo duas do sexo feminino e um do sexo masculino, com idades entre 60 a 72 anos, em tratamento para osteoporose e câncer de próstata e que desenvolveram ONAM em 6 meses após o uso dos medicamentos anti-reabsortivos. Conclui-se que a ONAM não possui protocolo de tratamento padrão bem estabelecido, sendo que o tratamento conservador, prevenção contínua e acompanhamento, têm se mostrado a melhor maneira de evitar as consequências mais graves causadas por estas complicações.

Abstract : The present study aims to report and analyze cases of patients who used antiresorptive medications for the treatment of osteoporosis - Alendronate (Fosamax), Denosumab (Prolia), and zoledronic acid (Zometa®) for cancer treatment, and developed medication-related osteonecrosis of the jaws (MRONJ) in the peri-implant region, treated at the Erasto Gaertner Hospital's oral and maxillofacial surgery service. For this purpose, cases of patients who had dental implants prior to anti-resorptive medication therapy and developed MRONJ in the peri-implant region were selected. Data were collected from the hospital medical records, as well as the patients' clinical follow-up. Results: three patients were included, both female and male, with ages between 60 and 72 years, undergoing treatment for osteoporosis and prostate cancer, and who developed MRONJ within 6 months after the use of antiresorptive medications. It is concluded that MRONJ does not have a well-established standard treatment protocol, but the conservative treatment with continuous prevention and monitoring appears to be the best way to avoid the more severe consequences caused by these complications.