Avaliação de técnicas de microextração em fase líquida com fibra oca na determinação de praguicidas em amostras de sangue total para fins forenses
Resumo
Resumo: Dentro da Toxicologia Forense, o preparo de amostra é etapa crucial no desenvolvimento de um método, visando a concentração dos analitos de interesse e eliminação de interferentes presentes nas amostras. Dentre as técnicas de preparo de amostra, as técnicas de microextração vêm gerando crescente interesse devido às suas vantagens, destacadamente o reduzido uso de solventes, em consonância com a química verde. Neste trabalho, foram avaliadas duas técnicas de microextração em fase líquida utilizando fibra oca, a microextração em fase líquida suportada com fibra oca (HF-LPME) e a microextração em fibra oca (HF^E) na extração de praguicidas em amostras de sangue total postmortem. As duas técnicas foram avaliadas inicialmente por cromatografia em fase líquida com detector de arranjo de diodos (LC-DAD) e comparadas à técnica de extração líquido-líquido (LLE) utilizada atualmente pelo Laboratório de Toxicologia Forense da Polícia Científica do Paraná. Dentre as técnicas de microextração, a HFµE mostrou-se capaz de extrair um maior número de analitos além de apresentar maior facilidade de execução. Assim, esta técnica foi selecionada para desenvolvimento de um método por cromatografia em fase gasosa acoplada à espectrometria de massas (GC/MS) para a determinação dos compostos clorpirifós, clorpirifós metil, diazinon, dissulfotom, terbufós alacloro, ametrina e atrazina em sangue total. O procedimento de extração utiliza 500 µL de sangue total e 7,5 mL de solução tampão para compor a fase doadora, e fibras de polipropileno de 1 cm impregnadas com 1- octanol como solvente extrator. O sistema é mantido sob agitação magnética. Após otimização, foi definido o uso de solução tampão fosfato pH 6 para composição da fase doadora, agitação a 600 rpm e tempo de extração de 40 minutos. Todos os analitos apresentaram lineariedade na faixa de trabalho de 50 ng mL-1 a 800 ng mL-1, com valores de coeficiente de determinação (R2) variando entre 0,971 (dissulfotom) e 0,997 (diazinon). O método foi ainda aplicado a uma amostra real da Polícia Científica do Paraná, demonstrando sua capacidade de aplicação em uma rotina forense. Abstract: In Forensic Toxicology, sample preparation is a crucial step in method development, aiming at the concentration of the analytes of interest and elimination of interferences present in the samples. Among the sample preparation techniques, microextraction techniques have been generating increasing interest due to their advantages, notably the reduced use of solvents, aligned with the principles of green chemistry. In this work, two techniques of liquid phase microextraction using hollow fiber were evaluated, the hollow fiber liquidphase microextraction (HF-LPME) and the hollow fiber microextraction (HF^E) in the extraction of pesticides in postmortem whole blood samples. The two techniques were initially evaluated by liquid chromatography with diode array detector (LC-DAD) and compared to the liquid-liquid extraction (LLE) technique currently used by the Forensic Toxicology Laboratory of the Scientific Police of Paraná. Among the microextraction techniques, HFµE was able to extract a greater number of analytes, in addition to being easier to perform. Thus, this technique was selected to develop a method by gas chromatography coupled to mass spectrometry (GC/MS) for the determination of chlorpyrifos, chlorpyrifos methyl, diazinon, disulfotom, terbuphos alachlor, ametrine and atrazine in whole blood. The extraction procedure uses 500µL of whole blood and 7.5 mL of buffer solution to compose the donor phase, and 1 cm polypropylene fibers impregnated with 1-octanol as extracting solvent. The system is kept under magnetic stirring. After optimization, the use of pH 6 phosphate buffer solution was defined for the composition of the donor phase, agitation at 600 rpm and extraction time of 40 minutes. All analytes showed linearity in the working range of 50 ng mL-1 to 800 ng mL-1, with coefficient of determination (R2) values ranging between 0.971 (disulfotom) and 0.997 (diazinon). The method was also applied to a real sample of the Scientific Police of Paraná, demonstrating its ability to be applied in a forensic routine.
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