Levantamento das variedades de mandiocas do Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR)
Resumo
Resumo: Sabemos da importância da Universidade Pública na realização de atividades com a sociedade, tendo como princípio o tripé universitário, com ensino, pesquisa e extensão. Sendo assim, é de extrema importância estudos que alinhem essas características. Portanto, essa monografia socializará uma pesquisa participativa realizada por discentes e docentes da Universidade Federal do Paraná (UFPR) em parceria com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e o Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR). Essa pesquisa está vinculada ao Projeto de Extensão Tecnologias Sociais para a Promoção de Segurança e Soberania Alimentar no Litoral do Paraná, que tem como objetivo promover a sistematização e socialização das tecnologias sociais presentes no Pré-assentamento José Lutzenberger, na comunidade do Rio Pequeno, em Antonina/PR. Nesta monografia, abordamos a construção do conhecimento agroecológico e a promoção da segurança e soberania alimentar das famílias agricultoras do litoral do Paraná, a partir de análises técnicas de 22 variedades de mandiocas disponibilizadas pelo IAPAR. Foram mensuradas diversas características morfológicas, atributos sensoriais, tempo de cozimento (minutos) e produção. As avaliações foram realizadas nos laboratórios do IAPAR e da UFPR, entre os meses de Março a Junho de 2019, e foram utilizados trena, balança, cronômetro, fogão, panelas, suta, máquina fotográfica, pratos, garfos e tabelas. As variedades de mandiocas apresentaram diferentes alturas variando de 1,00 metro a 2,25 metro, a coloração da in natura da raiz variou de tonalidades brancas e amarelas, a produção das variedades variou de 2 até 15 raízes e o tempo de cozimento variou 9 min a 35 min. Salientamos que além das análises mencionadas, o Projeto selecionou as manivas das 22 variedades e realizou o plantio em áreas experimentais do Acampamento José Lutzenberger. O estudo potencializou o aumento da agrobiodiversidade nas roças dos agricultores e agricultoras, fortaleceu a segurança alimentar das famílias, potencializou o aumento da geração de renda e da resiliência dos agroecossistemas, a diversidade de elaboração de pratos como a matéria prima da mandioca e possibilitou um diálogo sobre a importância da conservação on farm ou conservação na roça. Além disso, o projeto tem como pretensões futuras realizar uma avaliação do comportamento dessas variedades no acampamento (edafologia e climatologia).