Análise da fragmentação florestal e estudo sobre os possíveis caminhos para a implementação de corredores ecológicos no entorno da floresta nacional do Assungui
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Data
2015Autor
Patricio, Muriel Edyth Lumsden Szymanski
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Resumo: Com a evolução da ocupação do território brasileiro, muitas florestas, em especial a Mata Atlântica vem perdendo espaço para as cidades, agricultura, pastos e silvicultura. Como resultado desta expansão, a Mata Atlântica foi reduzida a apenas 8,5% de sua floresta original, sendo que 1% a 2% estão situados nos Estados do Sul do Brasil. Assim, a Mata Atlântica é formada por fragmentos de diversos tamanhos, podendo ou não estarem isolados. Como consequência dessa caracterização, ocorre a redução na população e migração das espécies remanescentes e ainda o efeito de borda. Nesse contexto, o trabalho tem como objetivo avaliar a fragmentação e estudar os possívies caminhos de um corredor ecológico, em uma região de 125.000 ha no entorno da Floresta Nacional do ASSUNGUI, localizada no munícipio de Campo Largo. Na região de estudo, está presente a espécie Muriquis-do-Sul, o maior primata das Américas ameaçado de extinção, assim o corredor terá como principal função unir a FLONA do ASSUNGUI com a região habitada pelos Muriquis-do-Sul. A análise da fragmentação e o estudo para a implementação do corredor será realizado por meio dos softwares QGIS 2.12 e Guidos Toolbox. Para análise da fragmentação, calculou-se o número de fragmentos, a área, a média das áreas dos fragmentos e o índice de forma, além de quantificar a área nuclear efetiva, corredores, perfurações, ilhotas e os falsos corredores, considerando o efeito de borda de 35 metros. O estudo dos corredores ecológicos, teve como base o estudo proposto por Louzada et.al (2010), o qual leva em consideração as Áreas de Preservação Permanente (APP’s), o uso do solo e a declividade. Concluiu-se que a região de estudo apresenta 11.914 fragmentos de Floresta Nativa, com tamanho médio de 7,1 ha, a qual é composta por 39,73% de área nuclear, 1,54% de ilhotas e 34% de corredores. A dispersão média dos fragmentos, segundo o índice Entropy é igual a 22,0943, e em relação a agregação da floresta nativa, Contagion, apresentou um índice igual a 5,36. O corredor ecológico ligando a FLONA do ASSUNGUI a região habitada pelos Muriquis-do-Sul, apresenta 27604 m de comprimento, largura de 2760 m e é formando por 72,21% de APP e Floresta Nativa, 21,31% de Floresta Não Nativa, e 6,48% de APP em Floresta Não Nativa.
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