Análise da qualidade do ar na Biblioteca Nacional do Brasil, Rio de Janeiro-RJ
Resumo
Dentre diversos parâmetros de qualidade de ambientes internos, os poluentes atmosféricos em contato com artefatos expostos ou armazenados em bibliotecas e museus podem causar danos como fragilização de papéis e couros, desbotamento de pigmentos, corrosão de metais e escurecimento de superfícies. A Biblioteca Nacional do Brasil, localizada no centro da cidade do Rio de Janeiro-RJ, resguarda importante parte da herança cultural, histórica e artística brasileira. Em meio a um centro de intenso tráfego de veículos de pequeno e grande porte, poluentes emitidos no meio externo podem ser transportados para o ambiente interno do edifício e entrar em contado com as obras ali armazenadas. Além disso, alguns materiais podem agir como fonte interna de poluentes nocivos aos constituintes das obras. O objetivo deste estudo é identificar e quantificar poluentes atmosféricos presentes no interior da Biblioteca Nacional do Brasil, indicando suas possíveis origens e potenciais impactos sobre o acervo, servindo assim como referência na tomada de decisões quanto ao gerenciamento de acervos em todo o Brasil, priorizando a conservação preventiva. Onze pontos de amostragem dentro da BN foram escolhidos de acordo com a importância das obras resguardadas em cada local. Um ponto de amostragem externo foi escolhido como ponto de controle. Foram realizadas nove campanhas de amostragem dos gases O3, NO2, SO2, HAc e Hfor de fevereiro de 2014 a maio de 2015 em todos os pontos amostrais utilizando amostradores passivos Radiello®. As amostras foram analisadas por espectrofotometria UV-Vis e cromatografia de íons. A amostragem de Carbono Negro foi feita durante o mês de fevereiro de 2014 exclusivamente na Porta de Entrada utilizando o aetalômetro AE-42. Para o Cofre do Setor de Obras Raras, as concentrações de NO2, SO2, HAc e Hfor ficaram nas faixas de, respectivamente, 0,28 a 29,78 µg m-3 ,
Collections
- Engenharia Ambiental [187]