Análise do uso e ocupação do solo da bacia do Rio Iguaçu utilizando marcadores geoquímicos
Resumo
A qualidade das águas da bacia do Alto Iguaçu vem decrescendo rapidamente decorrente das ações antrópicas. Uma forma eficaz de reduzir essa degradação é atuar preventivamente, detectando fontes de poluição. Os Marcadores geoquímicos são ferramentas eficientes para identificar fontes de matéria orgânica, devido sua estrutura química ser ligada a um precursor natural ou antrópico. Para este estudo, os ácidos graxos (AGs) e o metal zinco foram utilizados para identificar possíveis fontes de poluição e associa-las ao uso do solo na bacia do Iguaçu, Paraná, Brasil. Para isso, foram coletadas 8 amostras de sedimento de fundo no rio Iguaçu, 3 no rio Barigui e 1 no rio Iraí, em campanha única realizada em setembro de 2017. Os sedimentos coletados foram analisados quanto à sua composição granulométrica, fósforo total, nitrogênio total, ácidos graxos e zinco. Foi encontrado um total de 28 tipos de ácidos graxos nas amostras. Os ácidos graxos totais variaram entre 14,89 (P2) a 307,29 µg.g-1 (P11). Dentre os ácidos graxos encontrados, houve predomínio dos ácidos graxos palmítico (C16:0) e esteárico (C18:0), os quais são indicadores de esgoto. Foi possível encontrar indícios de erosão no ponto 6 através de concentrações elevadas de ácidos graxos de cadeia >C22 (C22:0; C22:2?9; C22:1?9; C23:0; C24:1?15; C24:0) que estão relacionados à plantas terrestres. O zinco foi identificado em maiores concentrações nos pontos 3 e 8 apresentando 169,35 e 108,52 mg/kg respectivamente. Altas concentrações de zinco indicam contaminação por esgoto. Os resultados gerais evidenciam o impacto da urbanização nos corpos hídricos
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- Engenharia Ambiental [178]