Estudos das condições hidrodinâmicas e avaliação do tempo de residência do complexo estuarino lagunar Mundaú/Manguaba
Resumo
As lagunas ocupam 13% das áreas costeiras no mundo, localizadas principalmente nas regiões tropicais e subtropicais; podem ser forçadas pelo aporte fluvial, pelo vento e em menor intensidade, pela maré. Este trabalho apresenta a modelagem ambiental com cálculo do tempo de residência e escoamento residual para o Complexo Estuarino Lagunar Mundaú/Manguaba, localizada no litoral do estado de Alagoas. O complexo é formado por duas lagunas, Mundaú e Manguaba, possuindo uma área de 126 km². O modelo bidimensional de circulação hidrodinâmica do SisBaHiA® – Sistema Base de Hidrodinâmica Ambiental – foi usado nas simulações desenvolvidas para o ano de 2014, estabelecendo cenários para o período chuvoso e de estiagem na região, analisando em especial o mês de outubro de 2014, onde houve uma abrupta elevação nos valores de vazões dos rios que abastecem as lagunas. Os resultados obtidos pelo modelo foram confrontados com dados da posição da superfície livre medidos em dois pontos do complexo, apresentando uma boa concordância. O modelo mostra ainda que o canal que conecta as lagunas ao oceano funciona como um filtro dinâmico, diminuindo os efeitos da oscilação de maré no interior das lagunas. As velocidades das correntes no canal não ultrapassam 0,60 m/s, em situação de maré de sizígia, e 0,30 m/s, em situação de maré de quadratura, enquanto que nas lagunas as velocidades são reduzidas. As velocidades residuais são extremamente baixas nas lagunas. Para o modelo Lagrangeano, que calcula o tempo de residência, foi adotado em diferentes cenários diferentes valores para o coeficiente de absorção das partículas, mostrando que a Laguna Manguaba apresenta os maiores valores para tempo de residência, chegando a 75 dias, na região norte
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- Engenharia Ambiental [195]