A formação de formadores em educação ambiental, nos cenários da

Abstract

Resumo: O presente estudo teve como centro de interesse, o processo de formação de formadores em Educação Ambiental, a partir de minha vivências, nos últimos quatro anos, principalmente na "Região Metropolitana de Curitiba/RMC". O estudo foi realizado em organizações públicas e privadas, algumas se caracterizando como instituições escolares típicas, outras como ligadas à formação tecnológica e ao sistema de produção, além de Organizações Não- Governamentais/ONGs. Em cada um desses contextos institucionais que tratam da formação de formadores, dei-me conta de que, ao mesmo tempo em que apresentam diferenças significativas em termos de escopo, estrutura e funcionamento, ambos compartilham de um denominador comum: seus códigos pedagógicos tendem a ser os mesmos. Ou seja: se em um deles, por exemplo, a Educação Ambiental é concebida como uma disciplina voltada para a defesa e a preservação do "meio ambiente", no outro ela é uma condição para a obtenção de certificações e cumprimento de regras que olham para o mercado, para o setor econômico. Ainda identifico um terceiro modelo em que a Educação Ambiental é ofertada por força de recomendações ministeriais, numa perspectiva legalista. Porém, seus códigos pedagógicos: a- cultuam conceitos e concepções científicos e pedagógicos, com base na conserva cultural, b- organizam suas ofertas de formação de formadores, invariavelmente com base na multidisciplinaridade; c- tendem a reproduzir aparelhos de dominação (intelectual, atitudinal, ...), seja de origem científico-acadêmica, seja tecnocientífica, ou político-partidária; d- comprometidos com a idéia de transmissão de uma cultura já existente, estas organizações tendem a não pressupor, em seus protocolos para a Educação Ambiental, uma postura pedagógica que atue com base no conflito (de informações, de idéias, de valores, ...); e- promovem então, uma constante, assim como os formadores nelas atuantes nem sempre favoreçam processos emancipatórios, também eles prescindem de autogestão, de autonomia, o que não é por eles ignorado e também oportuniza uma interferência. Metodologicamente, trata-se de uma pesquisa qualitativa, na modalidade pesquisa-ação, que buscou em princípios da fenomenologia, um suporte epistemológico para pensar uma Pedagogia de Adultos, dentro de cujos parâmetros desenvolvi minha praxe. Frente aos resultados obtidos, constatei que, nos três contextos vivenciados, os representantes das instituições e uma parcela dos formadores que se encontravam em processo de formação em Educação Ambientai, responderam positivamente a dinâmicas que se embasam em postura pedagógicas que pressupõem o conflito enquanto componente de conteúdo e forma. O fato de a Pedagogia de Adultos ter por base a busca da necessidade de aprendizagem das pessoas e o favorecimento de processos emancipatórios pela perspectiva crítica, parece apontar para uma revisão na concepção das relações sociedade/natureza dos formadores, em detrimento da reprodução do status quo.

Abstract: The present research work was centered on the formation process of Environmental Education educators, departing from the author's last four years of experiences, mainly in the "Curitiba Metropolitan Region/RMC". The study was conducted in public and private organizations, some typical educational institutions, others connected to the technological formation and to the production sector, and others Non-Governmental Organizations/NGOs. In each of these institutional contexts related with the formation of educators, the author realized that, while presenting significant differences considering scope, structure and function, they share a common denominator: their pedagogic codes have the tendency to be the same. If in one of them, the Environmental Education is conceived as a discipline directed to the protection and preservation of the "environment", in other it is conceived as a condition for certification processes and regulation attainment directed to the market and the economic sector. The author identifies also a third model that relates Environmental Education with ministerial recommendations, in a legalist perspective. However their pedagogical codes: a- cultivate concepts and pedagogical and scientific conceptions as a cultural presence, b- organize their courses for educators invariably in a multidisciplinary base; c- have a tendency to reproduce domination schemes (intellectual, attitudinal, etc.), from several origins, like scientific-academic, techno-scientific or political party; d- in their compromise with the idea of the transmission of a existent culture, those organizations have a tendency to exclude from their protocols for an Environmental Education a pedagogic position that works based on conflicts (of information, ideas, values, etc.); e- therefore they constantly promote a pattern: as the groups of educators acting in each of them do not always favor emancipatory processes, they also disregard self-management and autonomy, concepts however not ignored, allowing interference. Methodologically, this is a qualitative research, in the mode of research-action, drawing from the principles of phenomenology an epistemological framework to think about an Adult Pedagogy, within which parameters the author developed his praxis. Regarding the obtained results, the author observed that in the three contexts experienced\ the institutions representatives and part o f the educators in process o f formation in Environmental Education responded positively to dynamics based on pedagogic positions that presuppose the conflict as component o f content and shape. The fact that the Adult Pedagogy is based in the personal search for needed learning and the favoring of emancipatory processes by the critical perspective, seem to point to a revision in the educators' conception of the relationship society/nature, instead of the status quo reproduction.

Résumé: Cette étude a pris comme centre d'intérêt le processus de formation de formateurs em " Education Ecologique" , à partir de ma trajectoire personnelle et profissionnelle, dans les quatre dernières années, en particulier dans la "Région Métropolitaine de Curitiba (Paranâ/Brésil). La recherche a été réalisée auprès des organisations publiques et privées, quelques unes s inscrivant dans le cadre des institutions scolaires typiques et d'autres étant liées a la formation technologique et au système de production, outre les "Organisations Non Gouvernementales (ONG)" Dans chacun de ces contextes institutionnels qui traitent sur la formation des formateurs, j'ai constaté que, si d'un côte ils présentent des différences significatives au niveau de structure et de fonctionnement, de l'autre ils partagent un même dénominateur: leurs "codes"pédagogiques oui la tendance d'être les mêmes. Cela veut dire que, si l'un parmi ces contextes conçoit 1 "Education Ecologique" comme une discipline dirigée à la défense et à la préservation de l'environnement, l'autre la considère comme une condition pour obtenir des certificats et pour l'accomplissement de règles du marché pour le secteur économique. J ai identifié encore un troisième modèle, selon lequel 1' "Education Ecologique" est em accord avec les sollicitations ministérielles, dans une perspective " légaliste". Néanmoins, ses "codes" pédagiques: a) adoptent des concepts et des conceptions scientifiques et pédagogiques basés sur la conservation culturelle ; b) organisent leurs offertes de formation de formateurs ancrées dans la "mutidisciplinarité" en dépit d'um discours qui prône 1 "interdisciplinarité" en tant que prémisse; c) ont la tendance à reproduire les appareils de domination (au niveau intellectuel, de comportemente, ...) soient-ils d'origine scientifico-académique, techno-scientifique ou politique militante; d) engagées dans l'idée de transmission d'une culture étalie, ces organisations ne présupposent pas forcément, dans ces études en "Education Ecologique", une orientation pédagogique basée dans le conflit (d'informations,d'idées, de valeurs, ...); e) entreprennent donc une "constante": étant donné que les formateurs ne favorisent pas forcément les processus d'émancipation, ils négligent l'autogestion, l'autonomie, ce qu'ils n'ignorent pas. En ce qui concerne la méthodologie, cette étude s'inscrit dans le cadre d'une recherche qualitative, selon la modalité recherche-action qui a cherché, dans les principes de la phénoménologie, um soutien épistémologique pour " penser" une Pédagogie d Adultes. Dans les paramètres de cette Pédagogie j 'ai développé ma "praxis". Devant les résultats obtenus, j ai constaté que, dans les trois contextes étudiés, les représentants des institutions ainsi qu Une partie des formateurs qui se trouvaient dans le de formations en "EducationEcologique " ont répondu positivement un engagement pédagogique qui présuppose te conflit comme le composant du forme. Etant donnée que la Pédagogie d'Adultes cherhe la définition des nécessités d'apprentissage des personnes et qu elle pretend favoriser le processus d'émancipation à travers la perspective critique, cela semble évoquer une des concepts, de la part des formateurs, des relations entre la société et la nature, em détriment de la reprodution du status quo.