A construção da identidade de bacharéis em saúde coletiva por meio da sua inserção profissional no município de Matinhos/PR
Resumo
Resumo: O Sistema Único de Saúde (SUS) trouxe junto com sua implementação, a necessidade de profissionais capacitados para a transformação das práticas de saúde e mudança do modelo de atenção hegemônico. Dentre os movimentos de mudança no campo da formação em saúde para o SUS, surgiu o curso de graduação em Saúde Coletiva, com o objetivo de formar sanitaristas com perfil e habilidades não contemplados na formação dos demais profissionais da área da saúde. O presente estudo teve como objetivo analisar a construção da identidade de bacharel em Saúde Coletiva através de sua inserção profissional no município de Matinhos – PR. Foi realizado estudo exploratório-descritivo, de natureza qualitativa, por meio da aplicação de questionário semiestruturado. Os participantes do estudo foram os egressos do curso de graduação em Saúde Coletiva da UFPR, já inseridos profissionalmente no município de Matinhos/PR, totalizando 10 participantes, seis possuem o vínculo de servidor público, três por meio de processo seletivo simplificado e um por indicação para cargo comissionado. No que se refere à carga horária semanal, seis egressos são de 40h, três egressos de 30h e um é de 20 h. O valor do rendimento mensal de trabalho de 60% dos egressos é entre três a cinco salários mínimos, 30% entre 2 a 3 salários mínimos, e 10% têm remuneração acima de 5 salários mínimos. Dentre várias atividades desenvolvidas pelos Bacharéis em Saúde Coletiva (BSC), a pesquisa revelou que as práticas mais realizadas estão atreladas a gestão, coordenação, políticas públicas, educação em saúde e vigilância em saúde. Apesar do curso ser relativamente novo e do cargo ter sido criado recentemente no município de Matinhos, o estudo contribui para a compreensão das diferentes formas de inserção deste profissional no mercado de trabalho e da construção de sua identidade profissional.