Tomografia quantitativa de tórax como ferramenta de avaliação em pacientes com asma grave de difícil controle
Resumo
Resumo: Introdução: A asma é uma das doenças crônicas mais prevalentes no mundo, e apenas 3.6% dos asmáticos apresentam asma grave. Por ser uma condição heterogênea, ferramentas de avaliação do perfil inflamatório (endótipo) e do fenótipo desses pacientes são necessárias para direcionar escolhas terapêuticas precisas. A tomografia de tórax, o FENO, eosinófilos séricos e no escarro, periostina e biópsia brônquica são instrumentos atuais usados na avaliação desta população. Objetivo: Correlacionar a espessura de parede das vias aéreas com a função pulmonar (VEF1%), e o nível de controle da asma (ACT), num grupo de asmáticos graves. Materiais e métodos: Estudo retrospectivo, caso-controle, observacional. Foram analisados dados clínicos, tomográficos e de função pulmonar de 19 pacientes adultos, sem histórico de tabagismo, com asma grave e 19 indivíduos do grupo controle, com espirometria e tomografia computadorizada de tórax normais, sem doença respiratória e sem histórico de tabagismo. Foram realizadas medidas de espessura de parede de vias aéreas de primeira a quinta divisão brônquica de ambos os grupos, e, no grupo asma grave de difícil controle, as medidas de terceira a quinta geração foram correlacionadas com o VEF1% e o ACT. Resultados: De fevereiro a dezembro de 2017 foram estudados 19 pacientes adultos, com diagnóstico de asma grave, 15 mulheres e 4 homens, média de idade 47,8 anos, VEF1% médio 56.8%, 18 com asma de início na infância e 72,2% com ACT menor que 20 pontos. A espessura da parede de vias aéreas foi mais acentuada no grupo asma do que no grupo controle, apenas em brônquios de quarta geração (p=0.039). Não foi observada correlação entre a espessura da parede de vias aéreas e o VEF1%, assim como com o ACT. Conclusão: O espessamento da parede de vias aéreas observado em pacientes asmáticos graves por meio da CT de tórax, no presente estudo, não teve correlação significativa com o VEF1% e ACT. Abstract: Introduction: Asthma is one of the most prevalent chronic diseases worldwide and only 3.6% of asthmatics have severe asthma. Due to its heterogeneity, tools for assessing the inflammatory profile (endotype) and phenotype of these patients are needed to guide accurate therapeutic choices. Chest tomography, FENO, serum and sputum eosinophils, periostin and bronchial biopsy are the current tools used in the assessment of this population. Objective: Correlate airway wall thickness with lung function (FEV1%) and with level of asthma control (ACT) in a group of patients with severe asthma (SA). Materials and methods: Retrospective, case-control, observational study. We analyzed clinical, tomographic and lung function data of 19 adult patients with SA and no history of smoking, as well as of 19 non-asmathic individuals in the control group. We measured airway wall thickness from the first to the fifth bronchial generation in both groups; in the SA group, measurements from the third to the fifth generation were correlated with FEV1% and ACT. Results: We studied 19 adult patients diagnosed with SA, from February to December 2017; 15 were women and 4 weremen, with mean age of 47.8 years, mean FEV1% of 56.8%, 18 with childhood-onset asthma and 72.2% with ACT score lower than 20 points. Airway wall thickness was more pronounced in the SA group only in fourth generation bronchi (p = 0.039). No correlation of airway wall thickness with FEV1% or ACT was observed. Conclusion: The airway wall thickness observed in the chest CT of asthmatics did not present a significant correlation with FEV1% and ACT.
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