dc.description.abstract | Resumo : Em meio ao processo de urbanização, uma das formas de promover a manutenção da biodiversidade em ambientes urbanos é através da existência de fragmentos florestais. Como organismos presentes nestes ambientes, os insetos são utilizados para determinação dos efeitos das mudanças ambientais, pois estes são sensíveis às mudanças e tem grande abundância. Sendo assim, os estudos de relações entre organismo e natureza se fazem necessários em diversos ambientes, faltando literatura para essas relações em floresta urbana. Como maior ordem presente, os coleópteros compõem um grupo morfologicamente diverso e abundante, possuindo subfamílias como Scolytinae com papel decisivo na ciclagem de nutrientes nos ambientes vegetais. O conhecimento dos seus ciclos e tendências tem grande importância para o monitoramento das dinâmicas das populações. A quantidade e presença desses insetos são influenciados por fatores abióticos como temperatura, precipitação, umidade, luminosidade, velocidade e rajada do vento, portanto, o conhecimento de como ocorre essas influências, ou correlações, têm importância para a ecologia dos insetos. Para determinar essas variáveis, realizou-se um levantamento populacional dos insetos capturados em armadilha semifunil adaptada para um fragmento florestal presente no Parque Municipal Barigui, relacionando com dados climáticos do Sistema Meteorológico do Paraná (SIMEPAR), e dados de cobertura de copa obtidos em campo. Foram instaladas 4 armadilhas de impacto aleatoriamente, sendo as coletas realizadas quinzenalmente, no período de 9 de janeiro de 2019 e 20 de dezembro de 2019, totalizando 24 coletas. Os dados de cobertura de copa foram realizados no dia 11 de dezembro de 2021 com uso do aplicativo CanopyCapture. Após coletados, foram triados em ordens, e em seguida, em subfamílias da ordem coleóptera, contabilizando para isso 7516 insetos, dos quais 7257 eram coleópteros, e desses, 5914 eram escolitíneos. A flutuação populacional realizada indica maior quantidade nos meses do verão, e menor nos meses da primavera. O pico populacional ocorreu no mês de fevereiro, com 991 escolitíneos capturados. Através do gráfico de dispersão, foram encontradas correlações fracas para as temperaturas mínima, média e máxima, umidade e rajada de vento, regular para precipitação e forte para velocidade do vento. Assim, a velocidade do vento é a variável meteorológica de maior efeito na presença de Scolytinae. Com o teste de Kruskal-Wallis, confirma-se que não há diferença estatística entre as armadilhas, isto é, estão em condições homogêneas. Relacionando quantidade de scolitynae por armadilha com cobertura de copa, foi obtida uma correlação fraca e negativa. | pt_BR |