Análise do uso da tomografia de scheimpflug duplo na identificação de risco de fechamento angular
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Data
2022Autor
Parchen, Marta dos Anjos Rodrigues
Metadata
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Resumo: Na literatura existem poucos estudos que correlacionam o analisador Scheimpflug duplo com a gonioscopia na avaliação do ângulo irido-corneano. Realizar a correlação das informações obtidas através do Scheimpflug duplo Galilei G6, como a profundidade aquosa desde o endotélio até a superfície anterior do cristalino (AQD), o volume da câmara anterior (ACV) e o ângulo médio da câmara anterior (ACA) de cada olho, com o número de quadrantes sem a visualização do trabeculado pigmentado na gonioscopia, para auxiliar o médico oftalmologista na possibilidade de, rapidamente, rastrear e identificar pacientes que apresentem alto risco de fechamento angular, e assim, diminuir o risco de glaucoma de ângulo fechado e de cegueira irreversível. O objetivo deste trabalho é analisar e comparar o uso da tomografia Scheimpflug duplo na identificação de risco de fechamento angular em paciente com glaucoma, além de identificar o valor do ACA com maior sensibilidade e especifidade para o risco de fechamento angular. M étodo: Fez-se correlação de Spearman das variáveis ordinais e contínuas obtidas através do método Scheimpflug duplo Galilei com o número de quadrantes sem visualização do trabeculado posterior a gonioscopia. Resultados: Trinta e três pacientes foram incluídos na pesquisa, sendo incluído um olho de cada paciente, totalizando em 33 olhos. Ao correlacionar o ACV com o AQD e com o ACA houve uma correlação de força intermediária. Já a sua correlação com o número de quadrantes sem visualização do trabeculado posterior, apesar de força intermediária, foi negativa. Quando correlacionamos o AQD com o ACA observamos uma correlação forte, enquanto sua correlação com número de quadrantes sem visualização do trabeculado posterior foi intermediária e negativa. Já na correlação do ACA com o número de quadrantes sem visualização do trabeculado posterior, a força foi intermediária e negativa. O valor de ACA que apresentou a maior sensibilidade e especificidade foi 35,9°. Conclusão: Apesar de a tecnologia do analisador Scheimpflug duplo Galilei demonstrar uma correlação de força intermediária na maioria de suas variáveis com a gonioscopia, esta permanece sendo o exame de referência na avaliação e identificação do risco de fechamento do ângulo irido-corneano. No entanto, olhos cujo valor encontrado de ACA seja maior que 35,9° apresentam baixo risco de fechamento angular e, assim, não teriam a obrigatoriedade de serem submetidos a uma gonioscopia.