Mostrar registro simples

dc.contributor.advisorPinto, Pedro Plaza, 1977-pt_BR
dc.contributor.authorGarcia, Alexandre Rafael, 1985-pt_BR
dc.contributor.otherUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Históriapt_BR
dc.date.accessioned2022-06-21T20:02:13Z
dc.date.available2022-06-21T20:02:13Z
dc.date.issued2022pt_BR
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/1884/76523
dc.descriptionOrientador: Prof. Dr. Pedro Plaza Pintopt_BR
dc.descriptionTese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em História. Defesa : Curitiba, 30/05/2022pt_BR
dc.descriptionInclui referências: p. 297-316pt_BR
dc.description.abstractResumo: A tese apresenta o conceito filme de conversação para definir um estilo singular, a partir do reconhecimento de que Éric Rohmer foi o cineasta mais dedicado a esse tipo de obra ficcional, em que as conversas sobre coisas prosaicas dominam a história e a encenação, além de haver uma cumplicidade significativa entre a equipe de produção. A estrutura do texto é dividida em quatro partes e propõe a pesquisa histórica sobre a origem e o fundamento do conceito, sempre mantendo o foco na teoria e na crítica da estética cinematográfica, com atenção especial aos modos de produção e à mise en scène como formas de expressão poética. Na primeira parte, o caminho genealógico se inicia abordando a conversação como prática social na França do Antigo Regime e encontra uma consciência estilística no drama teatral ao ser oposto ao diálogo por autores como Denis Diderot, Peter Szondi e Jean-Pierre Sarrazac, enfatizando a relevância do drama burguês do século XVIII. Na segunda parte, é investigado o uso da voz no cinema majoritariamente verbocêntrico nos primeiros anos de som sincrônico, para chegar à estilização na logorreia, como definida por Jacques Aumont. Neste contexto são analisados os longas-metragens Meu pai tinha razão (1936), de Sacha Guitry, e Jejum de amor (1940), de Howard Hawks. Na sequência, o italiano Viagem à Itália (1954) de Roberto Rossellini é examinado como matriz de um estilo de produzir cinema ficcional narrativo em contato direto com o mundo e ao ar livre, se apropriando das culturas locais, que incluem os modos de fala, a arquitetura e a geografia, e explorando questões sentimentais dos relacionamentos afetivos, com destaque para os problemas de comunicação. Após os três antepassados cinematográficos serem discutidos, a terceira parte analisa o média-metragem A punição, escrito e dirigido por Jean Rouch em 1960 e estreado em 1963, como o estabelecimento do estilo filme de conversação, ao misturar práticas do documentário moderno chamado de cinema direto com uma abordagem inovadora do gesto conversacional, que pauta totalmente a narrativa e a mise en scène. Dirigido por Rohmer, O raio verde (1986) é encarado como um cânone radical para apresentar uma análise comparativa com Antes da meia-noite (2013), de Richard Linklater, e focar detidamente em três longas-metragens do sul-coreano Hong Sang-soo, que é o mais intenso explorador do estilo no século XXI: Certo agora, errado antes (2015), A câmera de Claire (2017) e Silvestre (2018). Encerrando o bloco, é discutida a reverberação no cinema contemporâneo dos Estados Unidos, comentando sobre a prática de encenação do "anda e fala" (walk and talk) e da popularização do mumblecore, personalizado por Greta Gerwig. A quarta e última parte observa a questão no Brasil, elencando traços culturais a partir de textos de Paulo Emílio Salles Gomes e David Neves, e enfatizando as contribuições dos cineastas Arnaldo Jabor, Rogério Sganzerla e Domingos Oliveira. Constata-se que no país a conversação não fluiu de maneira harmônica no cinema ficcional até o fim do século XX, apesar da tradição do documentário pautado em aspectos verbais e prosódicos.pt_BR
dc.description.abstractAbstract: This thesis presents the concept of conversation films to define a unique film style in which conversations about prosaic things dominate the plot and the staging, in addition to a significant complicity between the cast and the crew. The concept is based on the recognition that Éric Rohmer was the filmmaker most dedicated to this type of fictional work. Divided into four parts, the text proposes historical research on the origin of the concept of conversation films, focusing on theory and criticism of film aesthetics, with special attention to the modes of production and mise-en-scène as forms of poetic expression. In the first part, the genealogical path begins by approaching conversation as a social practice in the France of the Ancien Régime and finds stylistic awareness in theatrical drama when it is opposed to dialogue by authors such as Denis Diderot, Peter Szondi and Jean-Pierre Sarrazac, all of whom emphasizes the relevance of the 18th century bourgeois drama. In the second part, the use of the voice in the mostly verbocentric cinema in the early years of synchronous sound is investigated, to arrive at the stylization in logorrhea, as defined by Jacques Aumont. In this context, films as Mon père avait raison (1936), by Sacha Guitry, and His Girl Friday (1940), by Howard Hawks are analyzed. Next, Roberto Rossellini's Viaggio in Italia (1954) is examined as the matrix of a style of producing narrative films in open air, appropriating local cultures, including modes of speech, architecture and geography, and exploring sentimental issues of romantic relationships, emphasizing communication issues. The third part analyzes La punition (1963), written and directed by Jean Rouch in 1960 as the establishing point of the conversation film style. The title mixes practices of the modern documentary, the direct cinema, with an innovative approach to the conversation gesture, which fully guides the narrative and the mise-en-scène. Le Rayon vert (1986), directed by Rohmer, is considered a stylistic canon in a comparative analysis with Richard Linklater's Before Midnight (2013). Then the focus is held on Right Now, Wrong Before (2015), Claire's Camera (2017) and Grass (2018), directed by Hong Sang-soo, from South Korean, who is the most intense explorer of the style in the 21st century. The reverberation in contemporary North American cinema is discussed, with comments regarding the walk and talk practice of staging and the popularization of mumblecore, personalized by Greta Gerwig. The fourth and final part looks at the issue of conversation in Brazil, listing cultural traits discussed in essays by Paulo Emílio Salles Gomes and David Neves, and emphasizing the contributions of filmmakers Arnaldo Jabor, Rogério Sganzerla and Domingos Oliveira. It appears that in Brazil the conversation did not flow smoothly in fictional cinema until the end of the 20th century, despite the strong documentary tradition based on verbal and prosodic aspects.pt_BR
dc.format.extent1 recurso online : PDF.pt_BR
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.languagePortuguêspt_BR
dc.subjectCinema - Históriapt_BR
dc.subjectFilme cinematograficopt_BR
dc.subjectRoteiros cinematograficos - História e críticapt_BR
dc.subjectCinema - Estéticapt_BR
dc.subjectHistóriapt_BR
dc.titleFilmes de conversação : conceito, história e análise de um estilo cinematográficopt_BR
dc.typeTese Digitalpt_BR


Arquivos deste item

Thumbnail

Este item aparece na(s) seguinte(s) coleção(s)

Mostrar registro simples