Reflexões sobre a formação do engenheiro florestal frente às demandas do mercado
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Data
2021Autor
Ferreira, Heloisa Cristina, 1996-
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Resumo : No Brasil, o curso de Engenharia Florestal originou-se em 1960 na cidade de Viçosa (MG). Apesar de ser um curso com 60 anos e tradicional, observa-se que o perfil do profissional florestal deve atender ao panorama atual e às mudanças do setor. Assim, é necessário considerar que o mercado está cada vez mais exigente com a formação dos engenheiros florestais. A necessidade de identificar os gargalos dos formados em Engenharia Florestal nas diversas Instituições de Ensino do Brasil, frente às demandas requiridas pelo mercado de trabalho e propor ações de melhorias para os futuros profissionais florestais do país, motivaram a elaboração deste estudo. Para identificar as lacunas, foram realizadas pesquisas através da aplicação de questionários, com enfoque em duas visões: 1) graduados em Engenharia Florestal (ora denominados profissionais); 2) empresas do setor florestal que contratam o profissional Engenheiro Florestal (ora denominadas empresas). Participaram deste estudo 422 profissionais formados em 42 instituições de ensino do curso de Engenharia Florestal de 23 estados brasileiros. Além disso, obteve-se resposta de 82 empresas do setor florestal representadas por 126 de seus profissionais em cargos de chefia, gerência, diretoria ou outros que possuem relação direta com a contratação. Baseado nas informações coletadas nesta pesquisa, percebe-se certo distanciamento entre as instituições de ensino e as empresas do setor florestal, relacionado principalmente há falta de sincronia das disciplinas versus a necessidade de mercado, além da falta de habilidades comportamentais dos egressos. As principais habilidades requeridas pelo profissional do futuro, listadas pelas empresas, estão relacionadas às habilidades comportamentais, como a inteligência emocional, capacidade de adaptação, visão crítica e comunicação com o próximo. Verificou-se, no entanto, que, praticamente inexiste a temática de desenvolvimento de soft skills, de forma direta, nas instituições de ensino. Dada à importância do assunto, torna-se necessária a realização de uma análise/reflexão sobre a formação acadêmica nas matérias e currículos dos cursos de Engenharia Florestal nas universidades brasileiras, além de promover parcerias e fortalecer laços entre as universidades e as empresas do setor florestal, a buscarem, em conjunto, o desenvolvimento do profissional do futuro. Abstract : In Brazil, the Forest Engineering course originated in 1960 in the city of Viçosa (MG). Despite being a 60-year-old and traditional course, it is observed that the profile of the forestry professional must be consistent with the current panorama and changes in the sector. Thus, it is necessary to consider that the market is increasingly demanding, with the need to train forest engineers. The obligation to identify the bottlenecks of graduates in Forestry Engineering in the various Education Institutions in Brazil, in view of the demands demanded by the labor market and to propose improvement actions for future forestry professionals in the country, motivated the elaboration of this study. To identify gaps, surveys were carried out through the application of questionnaires, focusing on two views, namely: 1) graduates in Forestry Engineering (now called professionals); 2) companies in the forestry sector that hire the professional Forestry Engineer (hereinafter referred to as companies). A total of 422 professionals trained in 42 educational institutions of the Forest Engineering course in 23 Brazilian states participated in the study, and 82 companies in the forest sector represented by 126 of their professionals in management, outplacement, board or other positions were obtained. have a direct relationship with the contract. Based on the information collected in this research, a certain distance between educational institutions and companies in the forestry sector can be seen, mainly related to the lack of synchrony between the disciplines versus the market need, in addition to the lack of behavioral skills of the graduates. The main skills required by the professional of the future, listed by companies, are related to behavioral skills, such as emotional intelligence, adaptability, critical vision and communication with others. It was found, however, that there is practically no issue of soft skills development, directly, in educational institutions. Given the importance of the subject, it is necessary to carry out an analysis / reflection on academic training in the specifics and curriculum of Forest Engineering courses in Brazilian universities, in addition to promoting partnerships and strengthening ties between universities and companies in the forest sector, and seek, together, the development of the professional of the future.
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- Engenharia Florestal [253]