Uso de levedura na alimentação de ovinos confinados
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Data
2021Autor
Schuh, Bruno Raphael Fasolli, 1994-
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Resumo: Objetivou-se com este estudo, avaliar o efeito da adição de levedura (Saccharomyces cerevisiae) sobre o comportamento ingestivo, desempenho e parâmetros ruminais e metabólicos de cordeiros alimentados em confinamento. Foram utilizados 24 cordeiros machos inteiros, mestiços Dorper x Santa Inês, com idade de quatro meses e peso corporal médio (PC) 20,4 ± 4,0 kg. Utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado com dois tratamentos e doze repetições, por tratamento, em que cada animal correspondeu a uma unidade experimental. Os tratamentos foram caracterizados pela não adição (Controle) e adição de levedura viva na dieta (Rumen Yeast®; Levedura) na dose de 5 g animal/dia. O período experimental foi de 75 dias. A dieta apresentava 160g/kg de proteína bruta e 2,34 Mcal de energia metabolizável por kg de matéria seca (MS), composta por 60% da MS de concentrado e 40% da MS de feno Tifton 85 (Cynodon spp. As sobras foram coletadas e pesadas diariamente e a pesagem dos animais foi realizada quinzenalmente. O comportamento ingestivo foi avaliado no 45º dia, sendo avaliadas as seguintes atividades: alimentação, ruminação, ócio e ingestão de água. Foram realizadas coletas amostras de sangue dos cordeiros para avaliar as concentrações séricas de glicose, ureia, albumina e creatinina. Após o ensaio de desempenho, os animais receberam uma bolsa coletora de fezes durante cinco dias, a fim de avaliar a digestibilidade total da dieta e determinar o pH fecal. A avaliação do pH ruminal foi realizada através de coleta de líquido ruminal com o auxílio de uma sonda orogástrica e uma bomba de vácuo. Não houve efeito de tratamento nos tempos de alimentação, ruminação, ingestão de água e ócio, com médias de 172; 416; 23,5 e 828,5 min. dia-1, respectivamente. Não foram verificados efeitos sobre a digestibilidade aparente da matéria seca, apresentando valor médio de 66,70%.O consumo de matéria seca, não foi influenciado pela inclusão de levedura na dieta. O ganho médio diário, não diferiu entre os grupos controle e levedura, apresentado valores médios de 269g e 307g, respectivamente. A eficiência alimentar bruta e a conversão alimentar não diferiram entre os tratamentos apresentando valor médio de 4,91 kg de MS/kg de ganho. Não houve efeito de tratamento para valores de pH ruminal e pH fecal às 2 e 4 h pós alimentação, com médias de 6,05; e 7,09 e 6,93, respectivamente. Não foram encontrados efeitos da adição de levedura sobre os parâmetros metabólicos com médias de 3,14g/L; 1,01 g/L; 52,41 mg/dL e 85,47mg/dL, respectivamente para albumina, creatinina, ureia e glicose. Abstract: The aim of this study was to evaluate the effect of the addition of yeast (Saccharomyces cerevisiae) on the ingestive behavior, performance and ruminal and metabolic profiles of feedlot-fed lambs. Twenty-four non castrate male lambs, Dorper x Santa Ines crossbred, with average age and weight respectively of four months and 20.4 ± 4.0 kg, were used. A completely randomized design with two treatments and twelve replications per treatment was used, in which each animal corresponded to an experimental unit. The treatments were characterized by non-addition (Control) and addition of five grams animal/day, of yeast to the diet (Rumen Yeast®;). The trial period was 75 days. The diet had 160g/kg of crude protein and 2.34 Mcal of metabolizable energy per kg of dry matter (DM) and it was composed by 60% concentrate and 40% of Tifton 85 hay (Cynodon spp), in dry matter basis. The leftovers were collected and weighed daily and the animals were weighed in interval of two weeks. Ingestive behavior was evaluated on the 45th day of the trial, with the following activities being evaluated: feeding, rumination, leisure and water intake. Blood samples were collected in order to figure out the concentrations of blood glucose, urea, albumin and creatinine. After the performance test, it was done the animals received a feces collection bag for five days, in order to assess the total digestibility of the diet and determine the fecal pH. Ruminal pH was evaluated through ruminal fluid which was collected with aid of an orogastric tube and a vacuum pump. There was no treatment effect on feeding, rumination, water intake and leisure times, with averages of 172; 416; 23.5 and 828.5 min. day-1, respectively. There were no effects on the apparent digestibility of dry matter, with an average value of 66.70%. The dry matter intake was not influenced by the inclusion of yeast in the diet. The average daily gain did not differ between the control and yeast groups, presenting average values of 269 and 307 grams, respectively. Gross feed efficiency and feed conversion did not differ between treatments, with an average value of 4.91 kg DM/kg gain. There was no treatment effect for ruminal pH and fecal pH values at 2 and 4 h after feeding, with averages of 6.05; and 7.09 and 6.93, respectively. No effects of yeast addition were found on metabolic parameters with averages of 3.14g/L; 1.01 g/L; 52.41 mg/dL and 85.47 mg/dL, respectively for albumin, creatinine, urea and glucose.
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