Fissura em solos : comparação entre solos em diferentes condições de exposição à precipitação e à radiação solar
Resumo
A perda de água do solo é um fenômeno natural, mas o ressecamento excessivo sofrido desde o início da estiagem vivida no ano de 2020, trouxe uma preocupação a mais com possíveis mudanças de comportamento desse material. A evaporação de água gera tensões na superfície que, ao ultrapassarem a resistência a tração do solo, provocam suas fissuras. O objetivo deste trabalho é analisar as variáveis que podem favorecer o processo de fissuração. Sendo assim, foram coletados cinco tipos diferentes de solos na região de Irati-PR, moldando-se duas amostras para cada tipo. As amostras foram alocadas de forma a deixar um grupo exposto às condições climáticas, dando ênfase para a precipitação e a radiação solar, e outro grupo foi deixado sem acesso a estes fatores. Durante o período de análise, foram tiradas fotos para o processamento de dados. Com o auxílio do programa ImageJ, obtiveram-se as informações necessárias para o Crack Intensity Factor, CIF. Os resultados apontam para um CIF mais elevado para os solos com maiores valores de partículas finas em sua composição e, portanto, com maiores índices de plasticidade. Os solos expostos às variantes climáticas obtiveram o mesmo comportamento, onde o CIF caminhou de forma semelhante aos valores de radiação solar obtidos diariamente. Para os solos não expostos, houve uma evolução muito pequena nas fissuras, mostrando assim a dependência das condições climáticas no processo de fissuração dos solos.