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    Não é de Deus : análise da presença do feminismo nas conversações cotidianas sobre o caso João de Deus

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    R - D - ALEXIA SILVA SARAIVA.pdf (2.906Mb)
    Data
    2020
    Autor
    Saraiva, Aléxia Silva, 1995-
    Metadata
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    Resumo
    Resumo: O caso João de Deus se tornou o maior escândalo sexual na história do Brasil depois que mais de 500 mulheres o denunciaram, em dezembro de 2018, por crimes sexuais. Os relatos eclodiram em meio a uma nova potência dos movimentos feministas (BIROLI, 2018), que nos anos 2010 têm ocupado os espaços online e offline no combate à violência de gênero. Partindo de uma perspectiva ampliada da teoria deliberativa (YOUNG, 2014; MANSBRIDGE, 2009; DRYZEK, 2007), na qual as conversações políticas cotidianas são uma parte crucial do sistema deliberativo e ajudam a modular as opiniões dos cidadãos sobre temas políticos, este estudo responde à seguinte pergunta: de que forma as demandas, características e estratégias dos movimentos feministas contemporâneos se fazem presentes nas conversações cotidianas online sobre abuso sexual, manifestando-se na formulação e exposição de opiniões sobre o caso João de Deus? Para tal, foi realizada uma análise de conteúdo em uma amostra de 6.472 comentários sobre o caso João de Deus, extraídos de publicações sobre o tema das fanpages dos jornais O Globo e Estadão no Facebook entre dezembro de 2018 e janeiro de 2019. Foram analisadas dez variáveis: compreensão, tipo de pensamento (sociabilidade, metaconversação e problema), turno da fala, tema, forma, posicionamento, racionalidade, fonte da justificativa, retórica e recursos argumentativos (ameaça, sarcasmo, analogia, narração, humor, insulto). Os principais resultados encontrados mostram que o debate de gênero presente nas conversações sobre o caso se subdivide em dois grupos: os antifeministas e os pró-feministas. Os antifeministas se dividem entre os que não falam do caso João de Deus e representam uma reação conservadora contrária aos feminismos (2,46% dos comentários), e os questionadores das vítimas, que reforçam os estereótipos, culpabilizando a vítima em casos de violência contra a mulher (5,12%). Já os pró-feministas endossam a veracidade dos depoimentos das vítimas em diferentes níveis: desde os que apenas condenam João de Deus, confiando nas denúncias e almejando por justiça (54,7%), aos que efetivamente defendem as vítimas, buscando quebrar estereótipos ligados à violência contra a mulher (16,9%). Os movimentos feministas aparecem, portanto, sob a forma característica desta fase de popularização e de presença online, além reverberar suas pautas com um indício de quebra de paradigmas de gênero através dos que acreditaram nas vítimas. Palavras-chave: Deliberação online. Conversação cotidiana. Análise de comentários. Feminismo. João de Deus.
     
    Abstract: John of God's case is the major sex scandal in Brazil' history, with more than 500 women victims of his sexual crimes. The reports emerged in the midst of a new power of feminist movements (BIROLI, 2018), which in 2010 has taken online and offline spaces to combat gender violence. Considering an expanded perspective of deliberative theory (YOUNG, 2014; MANSBRIDGE, 2009; DRYZEK, 2007), and qualifying everyday political talk as a crucial part of the deliberative system, this study seeks to answer: in what way the demands and strategies of contemporary feminist movements are put in everyday talk about sexual abuse? A content analysis was applied to 6,472 comments on John of God's case extracted from publications from the Facebook's page of the newspapers O Globo and Estadão between December 2018 and January 2019. Ten variables were analyzed: thought (sociability, metaconversation and problem), speech shift, theme, form, positioning, rationality, justification source, rhetoric and argumentative resources (threat, sarcasm, analogy, storytelling, humor, insult). The main results shows that the gender debate present in the conversations about the case are divided into two groups: the anti-feminists and the pro-feminists. Anti-feminists are divided between those who do not speak about John of God's case and represent a conservative reaction against women (2.46% of comments), and the victims questioners, who reinforce the gender stereotypes against victims in cases of violence against women (5.12%). The pro-feminists, on the other hand, endorse the veracity of the testimonies of affected people in different levels: from people who condemn John of God, trusting the denunciations and asking for justice (54.7%), to people who effectively defend the victims, trying to break violence stereotypes against a woman (16.9%). The feminist movements appear, therefore, in the characteristic form of this phase of popularization and presence online, in addition to reverberating their agendas with an indication of breaking of gender paradigms through those who believed in the victims. Keywords: Online deliberation. Everyday talk. Analysis of comments. Feminism. John of God.
     
    URI
    https://hdl.handle.net/1884/69087
    Collections
    • Dissertações [168]

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