A expressão de uma gota em uma poça de sangue : a ocupação dos espaços pela memória
Resumo
O presente artigo apresenta reflexões acerca da ocupação dos espaços urbanos pela memória e imaginários de guerra. Uma cidade que ocupa seus espaços com a memória preserva sua história? O material escolhido provém do acervo de viagem realizado pela autora no ano de 2018, ao Leste Europeu, em cidades como Berlim (Alemanha), Budapeste (Hungria) e Cracóvia (Polônia). Explorando como essas cidades ocupam e preservam seus espaços com memórias da Segunda Guerra Mundial, questiona-se como, mesmo na Contemporaneidade, elas seguem dialogando com seu passado. A partir da preservação de monumentos, memoriais, cemitérios, vestígios de campos de concentração, prédios históricos e museus específicos, às cidades estimulam reflexões. Busca-se pôr em evidência o potencial desses lugares para estimular o imaginário, a memória e a identidade histórica nas cidades. No percurso de pesquisa, atenta-se para a potência de obras de arte que focalizam temáticas de guerra. Ao circular por espaços que extrapolam o local, tais obras deslocam e globalizam o raio de ação das memórias e efeitos de guerra. Por meio de instalações, exibições, exposições, a arte problematiza a memória, os imaginários de guerra e a história, pondo em tela suas questões .
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- Artes (Litoral) [134]