Alterações neurossensoriais após cirurgia ortognática
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Data
2019Autor
Corso, Paola Fernanda Cotait de Lucas, 1991-
Metadata
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Resumo : O dano ao feixe nervoso alveolar inferior permanece como uma das maiores
desvantagens da cirurgia ortognática, sendo causa de estresse e desapontamento pelos
pacientes. Os testes sensoriais quantitativos (TSQs) estabelecem um perfil de pacientes
com várias condições de alteração neurossensorial. O objetivo do presente estudo foi
determinar os limiares mecânicos e de dor em pacientes submetidos à cirurgia ortognática, utilizando o TSQ. Vinte e sete indivíduos submetidos à cirurgia ortognática, entre 4 e 24 meses de acompanhamento pós-operatório, foram avaliados para o limiar de detecção mecânica (MDT), limiar de dor mecânica (MPT) e alodínia mecânica dinâmica (DMA) em combinação com o questionário Oral Health Impact Profile (OHIP-14). O grupo controle foi pareado por sexo e idade. Todos os grupos foram comparados com o teste de Kruskal-Wallis e Mann Whitney, com nível de significância de 0,05. Alterações estatisticamente significantes foram identificadas nos testes de MDT. Indivíduos com mais de 7 meses de cirurgia resentaram tendência a diminuir os valores da MDT (p < 0,001). A alodínia foi descrita para 5 indivíduos em um período de 4 a 6 meses de pós-operatório, representando 18,51% da amostra (p < 0,05). A cirurgia ortognática altera significativamente o limiar de detecção mecânica do nervo trigêmeo. Há maior incidência de alodinia em indivíduos submetidos a cirurgia ortognática.