dc.description.abstract | Resumo :Micoses superficiais são doenças de alta prevalência em todo mundo, estimase que aproximadamente 20 - 25% da população geral tenha micoses superficiais, especialmente em locais com clima quente e úmido que favorecem o crescimento dos fungos. Nas micoses superficiais os fungos são restritos a camada córnea e anexos, sendo causadas por dermatófitos, leveduras e bolores. Elas podem ser superficiais estritas como a pitiríase versicolor, piedra branca, piedra preta e tinea nigra; ou também superficiais cutâneo - mucosas como as dermatofitoses (tinea capitis, tinea corporis, tinea cruris, tinea pedis, onicomicose) e candidíase. Tendo em vista a importância do conhecimento e manejo adequado dessas patologias; inicialmente pelo médico generalista e subsequentemente pelo dermatologista, foi realizada revisão de literatura e os dados obtidos foram revisados por dermatologistas do serviço de dermatologia do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, obtendo consenso e sumarizados para protocolo do serviço. No tratamento da pitiríase versicolor e dermatofitoses em geral o tratamento tópico é a escolha, havendo eficácia similar entre os agentes antifúngicos e pouco consenso com relação a posologia e tempo de uso mais eficaz. O tratamento sistêmico é reservado para casos extensos e refratários. Exceção de faz a tinea capitis cujo tratamento de primeira escolha é sistêmico, devendo ser associado a shampoos antifúngicos durante o período de tratamento. A onicomicose permanece como desafio terapêutico, apresentando alta taxa de recorrência. O tratamento não é indicado em todos os pacientes e os antifúngicos sistêmicos são a opção mais efetiva, porém para decisão do tratamento deve ser levado em consideração; subtipo clínico, microorganismo, severidade, efeitos adversos da medicação, disponibilidade do tratamento e custos. Entre os medicamentos sistêmicos a terbinafina é a medicação de escolha, devendo ser associada a medicação tópica e cuidados locais. Novas alternativas terapêuticas têm sido estudadas, bem como utilização de testes de PCR para diagnóstico mais acurado, no entanto as recidivas relacionadas as micoses superficiais ainda são um desafio, não havendo protocolo padronizado na literatura para esses casos. | pt_BR |