Terra à vista : a obra do viajante-artista John Henry Elliott e a formação da Província do Paraná no Segundo Reinado
Resumo
Resumo: fontes iconográficas do viajante-artista norte-americano John Henry Elliott (1809-1888) no contexto da formação da Província do Paraná no Segundo Reinado (1840-1889). J. H. Elliott, originariamente marinheiro, foi pintor aquarelista, escritor e geógrafo. E em suas viagens explorou os sertões brasileiros - e especialmente os sertões do Paraná - quando das Entradas e Bandeiras realizadas a serviço do tropeiro, fazendeiro, empresário e político João da Silva Machado, o Barão de Antonina. O objetivo principal do trabalho é estudar os mapas corográficos (precursores na representação cartográfica da Província do Paraná, constituída oficialmente a partir de 1853), os relatos de viagens e as aquarelas produzidas a partir das explorações geográficas realizadas pelo território paranaense, considerando que estes compõem um Corpus Discursivo do viajante-artista sobre a paisagem pretérita do território e são, portanto, registros iconográficos permeados por narrativas, discursos geográficos e representações simbólicas das paisagens culturais no período. Primeiro foi necessária uma apresentação sobre a vida e o conjunto da obra do viajante-artista na transição para segunda metade do século XIX, bem como uma contextualização sobre o Paraná e o Segundo Reinado. Em seguida, no delineamento do trabalho, analisam-se essas iconografias no contexto dessas explorações geográficas e da formação sociogeográfica do Paraná com os aportes conceituais e metodológicos dos estudos da paisagem, especialmente desenvolvidos nas obras do geógrafo cultural Denis Cosgrove e do historiador de arte Erwin Panofsky. Nas quais o diálogo com as teorias do conhecimento da filosofia das formas simbólicas e da filosofia da paisagem em Ernst Cassirer e Georg Simmel delineiam um campo profícuo de estudos interdisciplinares sobre paisagem e suas representações na Geografia - como consequência, e em vista desta hermenêutica percorrida, os registros iconográficos e suas narrativas se projetam de sua materialidade meramente documental e histórica (assim como a paisagem ela mesma) para as dimensões simbólicas, por serem perpassados nesta exegese pelo campo da Vivência cultural dos personagens e das sociedades que os produzem. PALAVRAS-CHAVE: John Henry Elliott. Iconografia da Paisagem. Geografia e Formas Simbólicas. Explorações Geográficas. Geografia do Paraná. Abstract: This thesis approaches, from the perspective of Landscape Iconography, the iconographic sources of the American traveler-artist John Henry Elliott (1809-1888) in the context of the formation of the Province of Paraná in the Second Reign (1840-1889). J. H. Elliott, originally a sailor, was also a watercolorist, writer and geographer. In his travels, he explored the Brazilian frontiers - especially the sertões of Paraná - during the Entradas e Bandeiras expedition carried out on behalf of the cattleman, businessman and politician João da Silva Machado, the Baron of Antonina. The main objective of this work is to study the chorographic maps (precursors to the cartographic representation of the Paraná Province, officially established after 1853), the travel journals and watercolors produced during the geographic explorations conducted throughout the territory of Paraná. These comprise a Discursive Corpus of the traveler-artist on the historical landscape of the territory and are, therefore, iconographic registers permeated by narratives, geographic discourses and symbolic representations of the cultural landscapes of the period. This work begins with a presentation on the life and the body of work of the traveler-artist in the transition to the second half of the nineteenth century, and puts Paraná and the Second Reign within this context. The iconographic sources are then analyzed in the context of the geographical explorations and socio-geographic formation of Paraná. This is done by means of the conceptual and methodological contributions of landscape studies, especially those developed in the works of the cultural geographer Denis Cosgrove and the art historian Erwin Panofsky. Further, the dialogue between the theories of the philosophy of symbolic forms and the philosophy of landscape of Ernst Cassirer and Georg Simmel delineate a field of interdisciplinary study on landscape and its representations in Geography. As a consequence of, and in view of this hermeneutic, the iconographic archives and their narratives are projected from their merely documentary and historical materiality (like the landscape itself) to symbolic dimensions, as touched upon in this exegesis through the field of the Cultural Experience of the characters and the societies that produce them. KEYWORDS: John Henry Elliott. Landscape Iconography. Geography and Symbolic Forms. Geographical Explorations. Geography of Paraná. Resumen: La presente tesis aborda, desde la perspectiva de la Iconografía del Paisaje, las fuentes iconográficas del viajero-artista norteamericano John Henry Elliott (1809-1888) en el contexto de la formación de la Provincia del Paraná en el Segundo Reinado (1840-1889). J. H. Elliott, originariamente marinero, fue pintor acuarelista, escritor y geógrafo y en sus viajes exploró los sertões brasileños - especialmente los sertões del Paraná - cuando de las Entradas y Banderas realizadas al servicio del tropero, granjero, empresario y político João da Silva Machado, el Barón de Antonina. El objetivo principal del trabajo es estudiar los mapas corográficos (precursores en la representación cartográfica de la Provincia del Paraná, constituida oficialmente desde 1853), los relatos de viajes y las acuarelas producidas a partir de las explotaciones geográficas realizadas por el territorio paranaense, considerando que estos componen un Conjunto Discursivo del viajero-artista sobre el paisaje pretérito del territorio y son, por lo tanto, registros iconográficos impregnados de narraciones, discursos geográficos y representaciones simbólicas de los paisajes culturales en el período. Primero fue necesaria una presentación sobre la vida y el conjunto de la obra del viajero-artista en la transición a la segunda mitad del siglo XIX, así como una contextualización sobre el Paraná y el Segundo Reinado. A continuación, en el delineamiento del trabajo, se analizan esas iconografías en lo contexto de esas explotaciones geográficas y de la formación sociogeográfica del Paraná con los aportes conceptuales y metodológicos de los estudios del paisaje especialmente desarrollados en las obras del geógrafo cultural Denis Cosgrove y del historiador de arte Erwin Panofsky. En las cuales el diálogo con las teorías del conocimiento de la filosofía de las formas simbólicas y de la filosofía del paisaje en Ernst Cassirer y Georg Simmel engendran un campo provechoso de estudios interdisciplinarios sobre el paisaje y sus representaciones en la Geografía. Como consecuencia, y en vista de esta hermenéutica recorrida, los registros iconográficos y sus narraciones se proyectan de su materialidad meramente documental e histórica (así como el paisaje ella misma) para las dimensiones simbólicas, por ser atravesados en esta exégesis por el campo de la Vivencia cultural de los personajes y de las sociedades que los producen. PALABRAS CLAVE: John Henry Elliott. Iconografía del Paisaje. Geografía y Formas Simbólicas. Explotaciones Geográficas. Geografía del Paraná.
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