Lesões intraepiteliais vaginais e as modalidades de tratamento
Resumo
Resumo : A neoplasia intraepitelial de vagina (NIVA) é uma condição rara do epitélio vaginal e tem
sido muito mais diagnosticada com a melhora dos métodos de diagnóstico como a citologia oncótica
e a colposcopia. Embora múltiplos fatores de risco tenham sido implicados na gênesis das
neoplasias do trato genital inferior, a infecção pelo HPV é a associação mais comum. A NIVA é
usualmente assintomática, dessa forma, o seu diagnóstico ocorre durante o exame colposcópico,
podendo ser detectada em exame citológico após histerectomia por NIC (Neoplasia Intraepitelial
Cervical), como rotina de seguimento. A confirmação diagnóstica é histológica, e uma biópsia
adequada é essencial tanto para excluir invasão quanto para planejar o manejo apropriado.
O tratamento pode ser: cirúrgico, ablativo, radioterápico, clínico e expectante. O excisional
tem preferência por fornecer peça para análise histopatológica excluindo a doença invasiva
apresentando as melhores taxas de sucesso entre 66% a 83%. A ablação é indicada quando a
suspeita de invasão foi afastada e é a modalidade de eleição nas mulheres jovens, a eficácia varia
entre 69 a 87%. A radiação tem uma taxa de sucesso entre 69 a 100%; porém, as complicações
giram em torno de 36%. Pela sua praticidade o tratamento feito com os agentes tópicos tem
ganhado espaço terapêutico na abordagem da NIVA. Não existe evidência científica quanto a
melhor forma e o tempo de seguimento das mulheres com NIVA. Qualquer que seja a opção de
tratamento utilizada, um seguimento longo deve ser preconizado