Avaliação da taxa de identificação do linfonodo previamente marcado com suspenção de carvão a 4% em pacientes com câncer de mama submetidas à quimioterpia neoadjuvante
Resumo
Resumo: INTRODUÇÃO: A quimioterapia neoadjuvante (QTN) no câncer de mama permite a realização de cirurgias mais conservadoras. Na abordagem do tumor mamário, ela já está consolidada. Quanto à extensão axilar da doença, ainda persistem as dificuldades na avaliação do linfonodo sentinela (LS), devido à baixa taxa de identificação e elevado índice de falso negativo. O uso de marcador para os linfonodos axilares suspeitos, guiados por ultrassonografia (USG) antes da realização da QTN, constitui uma alternativa para melhorar a identificação do LS e reduzir o índice de falso-negativo. OBJETIVO: Avaliar a taxa de identificação do linfonodo marcado com suspensão de carvão a 4% antes da QTN e comparar com a do LS corado pelo azul patente durante a cirurgia; bem como comparar acurácia, sensibilidade e índice de falso-negativo das duas marcações. PACIENTES E MÉTODOS: Foram avaliadas pacientes com câncer de mama nos estádios T1-T4 e N1-N2, submetidas à punção aspirativa por agulha fina (PAAF), guiada por USG do linfonodo axilar suspeito e concomitante marcação no interior do linfonodo com suspensão de carvão a 4% previamente a QTN. Após a QTN, durante a cirurgia, foram individualizados os linfonodos marcados com carvão a 4%, o LS marcado com azul patente e aqueles onde o carvão e o azul patente marcaram o mesmo linfonodo. RESULTADOS: Das 66 pacientes estudadas, em 64 casos (96,9%) o linfonodo marcado com carvão foi encontrado enquanto que o azul patente foi identificado em 57 pacientes (86,3%), atingindo significância estatística (p=0,028). O linfonodo marcado com carvão também apresentou uma acurácia (93,9%) superior ao do azul patente (84,8%) com tendência a significância estatística (p=0,0898). CONCLUSÕES: A marcação pré-operatória com carvão a 4% apresentou taxa de identificação maior que a do azul patente em pacientes submetidas à quimioterapia neoadjuvante. Palavras-chave: Quimioterapia. Linfonodo sentinela. Câncer de mama. Suspensão de carvão. Abstract: BACKGROUND: Neoadjuvant chemotherapy (QTN) in breast cancer allows more conservative surgeries. In the breast approach, it is already consolidated. Regarding the axillary extension of the disease, the difficulties in the assessment of sentinel lymph node (LS) persist due to the low identification rate and high false negative index. The use of markers for suspected axillary lymph nodes guided by ultrasonography (USG) before performing neoadjuvant chemotherapy is an alternative to improve the identification of SLN and to reduce the false-negative rates. OBJECTIVE: Evaluate the rate of identification of the lymph node marked with 4% carbon suspension prior to QTN and compare it with that of SLN that of patent bluestained during surgery, as well as to compare accuracy, sensitivity and false-negative rate of the two markers. PATIENTS AND METHODS: Patients with T1-T4 N1-N2 breast cancer submitted to ultrasound-guide fine needle aspiration (FNA) of the suspected axillary lymph node and concomitant marking within the lymph node with carbon suspension 4%. After QTN, during surgery, the lymph node marked with 4% black ink, the blue-labeled LS and those where the carbon and the patent blue showed the same lymph node were identified. RESULTS: Of the 66 patients studied, in 64 cases (96.9%), black carbon lymph node was found and 86,3% while patent blue was identified in 57 patients (86.3%), reaching statistical significance (p = 0.028). The carbon lymph node also showed an accuracy (93.9%) higher than that of the blue patent (84.8%), with a tendency to statistical significance (p = 0.0898). CONCLUSIONS: Preoperative marking with black carbon at 4% presented a higher identification rate than patent blue in patients submitted to neoadjuvant chemotherapy. Key-words: Neoadjuvant chemotherapy. Sentinel lymph node. Breast cancer. Carbon.
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