Reprodutibilidade das classificações de fraturas do platô tibial após estudo tomográfico
Resumo
Resumo: Objetivo: Avaliar possíveis alterações na classificação de fraturas de platô tibial após a realização de tomografia computadorizada e a reprodutibilidade interobservador de duas conhecidas classificações. Material e Método: Foram selecionados, retrospectivamente, exames de imagem de 42 pacientes submetidos a tratamento cirúrgico de fraturas de platô tibial no Hospital do Trabalhador em Curitiba-PR, no período de maio de 2011 a janeiro de 2013. Estes haviam realizado radiografias de joelho (ântero-posterior e perfil) e tomografia computadorizada com cortes de 2 mm (axiais, sagitais e coronais), além de reconstrução tridimensional. As imagens foram apresentadas a médicos do serviço de ortopedia e traumatologia (seis), sendo que os mesmos classificaram aleatoriamente as lesões através das radiografias e, posteriormente, pela tomografia computadorizada. Resultados: Pelo sistema de Schatzker houve concordância média (antes e após a tomografia computadorizada) de 87,7%, enquanto que pelo método da AO foi de 88,5%. Em relação à reprodutibilidade interobservadores, avaliamos, inicialmente, o valor de Kappa antes da realização de tomografia computadorizada, sendo obtido 0,597 para à classificação de Shatzker e 0,552 para o sistema AO, sendo atribuído nível bom de reprodutibilidade para ambas, com significância estatística (p<0,001). Após a realização de tomografia computadorizada, observamos queda do valor de Kappa em ambas as classificações, 0,534 e 0,513 respectivamente, novamente com significância estatística (p<0,001). Conclusão: Os resultados obtidos demonstraram mudança na classificação inicial após uso da tomografia computadorizada, porém, sem melhora na reprodutibilidade interobservadores. Além disso, a utilização das imagens tomográficas neste tipo de fratura é fundamental para detalhamento de afundamento e cisalhamento e, consequentemente, para planejamento cirúrgico adequado.