Avaliação da segurança alimentar do extrato de frutos do Jaracatiá spinosa : ensaios toxicológicos em camundongos
Resumo
Resumo: O fruto Jaracatiá spinosa é utilizados em algumas comunidades, principalmente na alimentação escolar. Ensaios prévios indicaram toxicidade positiva nos testes in vitro para hemólise em sangue de carneiro e Artemia salina, com extrato alcoólico e polpa de jaracatiá. Assim, ensaios in vivo tornam-se relevantes para comprovação da segurança ao consumo. A presente investigação foi realizada para avaliar a segurança dos extratos bruto de frutos de Jaracatiá spinosa in natura (EJIN) e em calda (EJC). Seguindo o protocolo da Organisation of Economic Cooperation and Development (OECD), foram conduzidos experimentos agudo (2000 e 5000 mg/kg) e subcrônico (1250, 2500 e 5000 mg/kg/dia e 5000 mg/kg/dia em grupo satélite) de 28 dias, em camundongos Swiss de machos (n=30) e fêmeas (n= 25). Os animais foram avaliados em parâmetros comportamentais, fisiológicos, ganho/perda de peso, parâmetros bioquímicos e hematológicos. E, após eutanásia, foi realizada a análise macroscópica e histológica dos órgãos, estômago, intestino, fígado, rins, baço e pulmão, e comparados os resultados com grupo controle. Em ensaio agudo obteve-se como resultado dose letal (DL50) de extrato de jaracatiá spinosa em camundongos Swiss superior a 5000 mg/ kg, sugerindo baixa toxicidade oral do fruto. Em ensaio subcrônico foram observados efeitos dose-resposta no aumento do número de bolos fecais, piloereção, aumento no peso relativo do estômago e elevação da contagem do número de plaquetas em ambos os gêneros, dentre outros. Alterações bioquímicas e histológicas também foram observadas, principalmente em estômago, fígado e baço, inclusive em grupo satélite. Modificações que em conjunto com demais achados representam alterações relevantes em animais que consumiram tanto o extrato do fruto in natura quanto em calda. Palavras-chave: Jaracatiá spinosa, toxicológicos, agudo, subcrônico. Abstract: Considering the use of Jaracatiá fruit by some communities, especially in school meals, and positive toxicity in the in vitro tests for hemolysis on sheep blood and brine shrimp lethality bioassay using alcoholic extract and Jaracatiá pulp. In vitro essays become relevant to prove the safety for consumption. This research was conducted to evaluate the safety of gross extract of Jaracatiá spinosa fruit in natura (EJIN) and syrup fruit (EJS). Following the protocol of the Organization of Economy Cooperation and Development (OECD) were conducted acute experiments (2000 and 5000mg/kg) and subchronic (1250, 2500 and 5000 mg/kg/day to 5000 mg/kg/day satellite group) 28 days in Swiss mice. The animals were evaluated in behavioral and physiological parameters, as the consumption of food and water, weight gain/loss, biochemical and hematological parameters. After the euthanasia, were held macroscopic and histological analysis of organs, stomach, intestine, liver, kidney, spleen and lung, and compared with the control group. In the acute test it was achieved as a result lethal dose (LD50) of Jaractiá Spinosa extract in Swiss mice is higher than 5000 mg/kg, suggesting low oral toxicity of the fruit. In subchronic toxicity test were noticed dose - response effect of increasing the number of fecal boli, piloerection, increase in the relative weight of the stomach and increase the number of platelets count in both gender, among others. Biochemical and histological changes were also observed, especially in the stomach, liver and spleen, including satellite group. Changes that concurrently with other findings represent relevant changes in animals that consumed EJIN and EJC. Keywords: Jaracatiá spinosa, toxicology, acute, subchronic.
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