Proposta de Itaipu será estudada pelos índios;
Resumo
A primeira notícia, escrita de Curitiba para a Folha de Londrina, versa sobre uma reunião com representantes do CIMI (Conselho Indigenista Missionário), da CJP (Comissão de Justiça e Paz) e ANAI (Associação Nacional do Índio), presenciada por advogados da Conferência Episcopal Paraguaia na condição de observadores. No encontro, os representantes jurídicos decidiram - acerca da oferta de 105 ha na Barra de Ocoí por parte Itaipu Binacional para os guaranis - solicitar a proposta por escrito e mais documentos, como um memorial descritivo sobre condições ambientais. Toda a documentação seria levada aos guaranis por esses representantes, que pretendiam apoiar os indígenas independentemente de sua decisão. Na reunião, inclusive, os juristas já elaboraram cenários possíveis - aceite, negociação ou recusa - e como, respectivamente, agiriam em cada um deles: formalizando a posse do terreno, assessorando para ampliação da área ou indo à justiça para defender os direitos indígenas. A notícia também cita que, caso os guarani optassem pela recusa, os representantes poderiam entrar com uma ação cautelar - para retardar a formação da represa - ou uma ação popular, contra a FUNAI, por não defender os indígenas. São mencionados na notícia o diretor administrativo da Itaipu - Paulo Cunha - e alguns dos presentes na reunião, os juristas: Dalmo Dallari (CJP - SP), Julio Geiger (CIMI - RS), Marcelo Jugend (Foz do Iguaçu), Wagner D’Angelis (CJP - PR) e Carlos Moreira.
A segunda notícia, publicada no jornal O Paraná, não possui título e menciona os preparativos para a comemoração dos 17 anos de funcionamento da Ponte da Amizade por parte do Comitê de Fronteira das cidades de Foz do Iguaçu e Presidente Stroessner. No parágrafo ao lado, são citados os nomes das pessoas que visitariam as obras da Itaipu naquela semana, dentre eles, engenheiros, embaixadores e empresários.
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