dc.contributor.advisor | Porcher, José Eduardo | pt_BR |
dc.contributor.author | Wageck, André dos Martyres, 1988- | pt_BR |
dc.contributor.other | Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Filosofia | pt_BR |
dc.date.accessioned | 2019-10-19T15:52:58Z | |
dc.date.available | 2019-10-19T15:52:58Z | |
dc.date.issued | 2019 | pt_BR |
dc.identifier.uri | https://hdl.handle.net/1884/61460 | |
dc.description | Orientador: Prof. Dr. José Eduardo Freitas Porcher | pt_BR |
dc.description | Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Defesa : Curitiba, 15/02/2019 | pt_BR |
dc.description | Inclui referências: p. 144-147 | pt_BR |
dc.description.abstract | Resumo: A presente dissertação tem como tarefa a investigação da viabilidade da aplicação da teoria de Daniel C. Dennett sobre as crenças, chamada Teoria dos Sistemas Intencionais, a casos de irracionalidade. Com esta investigação, pretendo contribuir para dois projetos: para o debate sobre a natureza e as características das crenças e para a discussão a respeito da teoria filosófica de Dennett sobre os estados mentais. Para tanto, no segundo capítulo, exploro os princípios que guiam a utilização da Teoria dos Sistemas Intencionais analisando as principais críticas direcionadas a ela em virtude do seu particular critério de racionalidade para a atribuição de crenças e de outros estados mentais. Ao analisar estas críticas, identifico dois grandes grupos de argumentos: aqueles que se baseiam na dissimilaridade entre a psicologia do senso comum e a Teoria dos Sistemas Intencionais e aqueles baseados na inconsistência da aplicação do critério de racionalidade. Concluo que Dennett se defende das críticas direcionadas à sua teoria, mas também concluo que há uma sentida falta de sistematização para o uso do seu critério de racionalidade. Desenvolvo, portanto, no terceiro capítulo, um método para a aplicação da Teoria dos Sistemas Intencionais que resulta na sua divisão em duas partes, cada qual possuindo uma função particular para o uso da racionalidade na interpretação. Com a criação do primeiro nível, o nível de atribuição, contemplo a função da racionalidade para a redução da indeterminação da interpretação. Já no segundo nível, o nível de previsão, a racionalidade tem a sua função de sustentar a rede de crenças do sistema que fundamenta qualquer previsão ou explicação intencional. Aplico, subsequentemente, o método desenvolvido a dois casos famosos e muito discutidos na literatura filosófica sobre crenças, uma falha de raciocínio cometida pela falácia da conjunção e um caso de delírio de Capgras. Os resultados obtidos no primeiro caso mostraram mais claramente como a Teoria dos Sistemas Intencionais pode dar conta de abarcar explicações que apontem para um funcionamento cognitivo sub-ótimo. Já os resultados obtidos pela análise do caso de delírio revelam os motivos da dificuldade encontrada pela Teoria dos Sistemas Intencionais para explicar ou prever o comportamento de pessoas nesta condição. Concluo, assim, que não puderam ser descobertos comportamentos que a psicologia do senso comum explica e que não podem ser explicados pela Teoria dos Sistemas Intencionais, corroborando a tese de Dennett. Estudos que pontuem mais precisamente a compreensão da psicologia do senso comum para estes casos podem, e devem, ser utilizados para que esta investigação possa ser levada adiante para casos de delírio. Palavras-chave: Crença. Teoria dos sistemas intencionais. Daniel Dennett. Psicologia do senso comum. Racionalidade. | pt_BR |
dc.description.abstract | Abstract: The present dissertation has the task of investigating the feasibility of the application of Daniel C. Dennett's theory of belief, called Intentional Systems Theory, to cases of irrationality. With this investigation, I intend to contribute to two projects: the debate on the nature and characteristics of beliefs and the discussion of Dennett's philosophical theory of mental states. In the second chapter, I explore the principles that guide the use of the Intentional Systems Theory by analyzing the main criticisms directed to it by virtue of its particular criterion of rationality for the attribution of beliefs and other mental states. In analyzing these criticisms, I identify two large groups of arguments: those based on the dissimilarity between common-sense psychology and Intentional Systems Theory; and those based on the inconsistency of the application of the criterion of rationality. I conclude that Dennett defends himself from criticism directed to his theory, but a lack of systematization for the use of his criterion of rationality is readily perceived. In the third chapter, I develop a method for the application of the Theory of Intentional Systems that results in its division into two parts, each with a particular function for the use of rationality in interpretation. With the creation of the first level, the level of attribution, I consider the function of rationality in reducing the indeterminacy of interpretation. At the second level, the level of prediction, rationality has the function of sustaining the belief network of the system. This belief network is responsible for grounding any prediction or intentional explanation. Subsequently, I apply the method developed to two famous and discussed cases in the literature: a failure of reasoning, committed by the fallacy of the conjunction, and a case of Capgras delusion. The results obtained in the first case showed more clearly how the intentional system theory could account for explanations that point to a sub-optimal cognitive functioning. The results obtained by the analysis of the delusion case reveal the reasons underlying the difficulty found by the intentional systems theory to explain or predict the behavior of people in this condition. I conclude, therefore, that behaviors that are better explained by the folk psychology rather than by the intentional systems theory could not be found, corroborating Dennett's thesis. Studies that more precisely point out the folk psychology's understanding of these cases of delusion can and should be used for this investigation of delusions to be carried forward. Keywords: Belief. Intentional Systems Theory. Daniel Dennett. Folk psychology. Rationality. | pt_BR |
dc.format.extent | 148 p. | pt_BR |
dc.format.mimetype | application/pdf | pt_BR |
dc.language | Português | pt_BR |
dc.subject | Dennett, Daniel Clement, 1942- - Crítica e interpretação | pt_BR |
dc.subject | Senso comum | pt_BR |
dc.subject | Filosofia da mente | pt_BR |
dc.subject | Filosofia | pt_BR |
dc.title | A Viabilidade da aplicação da teoria dos sistemas intencionais de Daniel Dennett | pt_BR |
dc.type | Dissertação Digital | pt_BR |