Volume de estresse tensional e metabólico com a utilização de dois protocolos de treinamento resistido com pré-exaustão
Abstract
Resumo : Diferentes metodologias são utilizadas na organização do treinamento resistido. Dentre as mais comuns, os métodos que utilizam pré-exaustão defendem a teoria de que o músculo motor principal (ex: peitotal) seria prejudicado em exercícios multiarticulares (ex: supino reto), pois os auxiliares (ex: tríceps braquial e deltóide anterior) apresentariam uma fadiga prematura, dificultando a obtenção do estresse ideal do músculo alvo. Deste modo, esta metodologia defente a utilização de um exercício monoarticular antes do exercício principal, como forma de aumentar o estímulo ao desenvolvimento muscular. Objetivo: Identificar diferenças no volume de estímo tensional e metabólico a partir de dois protocólos de exercícios com a utilização da pré-exaustão. Métodos: 10 adultos jovens (24,5 ± 4,5 anos, 1,79 ± 0,06m, 82,4 ± 12,5 kg) compareceram a duas sessões experimentais. Em uma das sessões (CRU), os indivíduos realizaram 3 séries (60s de intervalo) de exercício para o músculo do peitoral (supino reto) imediatamente após a pré-exaustão no crucifixo na máquina. Em outra sessão (TRI), após um mínimo de 48hs, foi realizado o mesmo protocolo, porém com a pré- exaustão do tríceps braquial (extensão dos cotovelos na polia alta). As cargas utilizadas em todos os exercícios foram de 10RM. Resultado: Foi identificado maior (p<0,005) número de repetições (13,3±5,6 vs. 8,70±2,67), trabalho total (793,1 ±360,9kg vs. 530,5±187,0kg) e acúmulo de lactato (5,80±1,81mmol/L vs. 4,67±1,20mmol/L) na condição TRI em relação a CRU. Conclusões: Os resultados indicam que a utilização de dois protocolos de pré-exaustão do peitoral resulta em menor estímulo tensional e metabólico. Aparentemente, o motor principal aumenta seu nível de ativação como forma de compensar a fadiga apresentada pelo motor auxiliar, gerando assim maior volume de trabalho e estresse metabólico. Estes resultados corroboram os encontrados em estudos anteriores que avaliam o efeito da fadiga na coordenação intermuscular.