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    Diz que é bom : as plantas na vida das comunidades de Barrancos e Maciel (Pontal do Paraná - Paraná)

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    2006 Luziana Sarenski.pdf (2.192Mb)
    Data
    2006
    Autor
    Lima, Luciana Sereneski de
    Metadata
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    Resumo
    Resumo: As restrições de acesso aos recursos naturais tradicionalmente utilizados têm sido impostas às comunidades caiçaras sem estudos prévios. Neste contexto, o principal objetivo deste trabalho foi saber o quanto as comunidades de Barrancos e Maciel conhecem e dependem dos recursos da Mata Atlântica para sua subsistência e para a reprodução de seu modo de vida. A hipótese inicial do trabalho era que o conhecimento tem forte relação com a dependência das plantas na subsistência, o que por sua vez depende do isolamento geográfico. Para obtenção das informações foi utilizada a observação participativa, entrevistas abertas e semi-estruturadas, principalmente com os membros mais velhos das comunidades. A maioria das plantas citadas foram coletadas e identificadas. Estas informações foram organizadas e posteriormente analisadas considerando as diferenças nas formas de classificar e entender o mundo. Registros orais da história das comunidades foram recuperados, o que pode ajudar a entender a organização social atual. Quanto ao isolamento, Barrancos passou de um extremo ao outro, de área muito isolada (antes de 1926) a área justaposta a centros balneários, já o isolamento do Maciel permaneceu relativamente constante. As formas de subsistência de ambas as comunidades acompanharam as mudanças ocorridas no Litoral do Paraná: com decadência da agricultura, ascensão da pesca com sua posterior decadência e ascensão do setor de serviços. As plantas que antes eram imprescindíveis na subsistência atualmente são dispensáveis. As mudanças no modo de vida ainda estão em curso e são marcadas pelo forte conflito de gerações. Algumas diferenças entre as duas comunidades foram observadas, principalmente nas formas como se dá a relação entre os seus membros. Em Barrancos foi observada uma maior coesão social, o que pode estar ligado à necessidade história de manter boas relações para que a comunidade pudesse se reproduzir, nos sentidos biológico e social. Já no Maciel, o comércio com Paranaguá era mais regular e uma competição entre os moradores pode ter sido criada. Quanto ao uso, as plantas mais citadas foram aquels para fins alimentares e o medicinais. Estas citações pareceram referir-se ao conhecimento de um uso potencial daquelas plantas. O grau de uso de fato não pôde ser precisado. A relação simbólica com a paisagem composta pelas plantas mostrou-se muito forte entre os interlocutores e pareceu manter-se entre seus filhos. Também foi observada uma diminuição progressiva no uso das plantas atribuída em parte à menor dependência, que por sua vez está ligada ao isolamento. Aqui o conflito de gerações também evidencia a situação. Segundo os mais velhos, os mais novos "não são chegado nessas coisa" de plantar para "não sujar a unha". Assim, as plantas além de não mais utilizadas, também deixam de ser cultivadas. Este novo senso comum é fator essencial para a modificação na relação com as plantas, todavia pouco depende do isolamento geográfico. Desta maneira, a hipótese inicial do trabalho não foi refutada na medida em que o conhecimento a respeito dos possíveis usos das plantas não mais é transmitido por não ser mais necessário. Apesar disso, apenas o isolamento geográfico não explica a dependência. A conjuntura e os ciclos econômicos, as representações coletivas, a organização social e a religião também se mostraram fatores importantes para explicar os estados de maior ou menor dependência material e não-material dos recursos vegetais.
    URI
    https://hdl.handle.net/1884/36493
    Collections
    • Oceanografia [370]

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