Avaliação do crescimento maxilar
Abstract
Resumo: Introdução: A retração cicatricial devido à exposição óssea em palatoplastias é a principal causa de constrição da maxila. Técnicas modernas de palatoplastia objetivam minimizar os efeitos cicatriciais, mediante a redução da exposição da área óssea. Objetivo: Avaliar o efeito do descolamento mucoperiosteal palatal no desenvolvimento transversal da maxila por meio da comparação entre a incisão mínima lateral e a manutenção de áreas laterais de exposição óssea para incisão relaxadora (semelhante técnica de von Langenbeck). Métodos: Estudo experimental, amostra aleatória, em que foi realizada a moldagem da arcada dental de 14 porcos, em dois momentos (com um mês de vida - pré-operatória e com cinco meses de vida - pós-operatória). Não houve perda de animais no estudo. Os animais foram divididos em três grupos: Grupo 1 (cinco animais), submetido à incisão lateral do palato para descolamento mucoperiosteal e manutenção da exposição óssea; Grupo 2 (cinco animais), submetido ao descolamento mucoperiosteal palatal com acesso lateral sem exposição óssea; Grupo 3 (quatro animais), grupo controle, não submetido a procedimentos cirúrgicos. As medidas das arcadas dentais foram comparadas entre os grupos para avaliar diferenças no desenvolvimento do diâmetro transversal da maxila. Resultado: O Grupo 1 apresentou maior restrição do crescimento transverso da maxila (aumento do diâmetro transverso de 36%) quando comparado aos Grupos 2 (aumento do diâmetro transverso de 56%) e 3 (aumento do diâmetro transverso de 59%). Os Grupos 2 e 3 apresentaram desenvolvimento maxilar transverso semelhantes, sem diferença estatística. Conclusão: O descolamento palatal exclusivo sem as incisões relaxadoras laterais não causa alteração do crescimento transversal da maxila, diferentemente das incisões relaxadoras que restringiram em 20% o crescimento maxilar.
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