Reticulócitos : da contagem manual à citometria de fluxo
Resumo
Resumo: A contagem de reticulócitos no sangue periférico fornece informações sobre a integridade funcional da medula óssea. Constitui um fator importante no diagnóstico, classificação e monitorização do tratamento das anemias, na confirmação da regeneração da medula óssea após quimioterapia ou transplante, e na monitorização da terapêutica com eritropoetina humana recombinante. Para a contagem de reticulócitos, a técnica manual é tida, desde a década de 1940, como método padrão ouro, porém, com a integração da análise de reticulócitos às contagens globais de células sanguíneas em analisadores hematológicos automatizados, em meados da década de 1990, contagens mais precisas puderam ser incorporadas como parte da rotina de avaliação hematológica. Além de aumentar substancialmente a precisão e sensibilidade das contagens, a análise automatizada de reticulócitos fornece parâmetros reticulocitários que não são possíveis pela metodologia manual. Dentre estes parâmetros destacam-se a fração de reticulócitos imaturos (IRF), que tem sido estudada como um preditor precoce da recuperação hematopoiética pós transplante de medula óssea, e o conteúdo de hemoglobina (CHr ou Ret-He) que tem sido sugerido como um indicativo precoce de deficiência de ferro, por proporcionar uma medida da disponibilidade deste metal para as células vermelhas recentemente produzidas pela medula óssea. Este trabalho teve por objetivo revisar as técnicas laboratoriais de enumeração de reticulócitos a a aplicação clínica da contagem de reticulócitos e dos parâmetros reticulocitários derivados
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