Fatores prognósticos e recidiva neoplásica em pacientes com adenocarcinoma colorretal estadio I e II (TNM), submetidos a tratamento cirúrgico com intenção curativa

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Data
2013-02-21Autor
Rossoni, Marssoni Deconto
Metadados
Mostrar registro completoAssunto
TesesInvasividade neoplásica
Adenocarcinoma
Prognóstico
Neoplasias colorretais
Tipo
TeseResumo
Resumo: Alguns pacientes portadores de adenocarcinoma colorretal, estadio clínico I e II (TNM), apresentam um prognóstico desfavorável, mesmo após a realização da terapia recomendada. Novos fatores estão sendo descritos na literatura como preditores de mau prognóstico, como a presença do fenômeno brotamento tumoral (FBT). O objetivo deste estudo foi estabelecer o desempenho do FBT como fator prognóstico em pacientes portadores de adenocarcinoma colorretal estadio clínico I e II (TNM). Foram avaliados 65 pacientes portadores de adenocarcinoma colorretal, estadio I e II (TNM), submetidos à cirurgia com intenção curativa, no período de 1995 a 2004, e acompanhados por um período de cinco anos. Dados referentes aos parâmetros do estudo anatomopatológico e ao tratamento empregado foram correlacionados com o período de recidiva da doença e com o fenômeno brotamento tumoral (FBT) detectado pelos métodos da hematoxilina-eosina (HE) e imunohistoquímica (IMH). Dos dados avaliados os que apresentaram associação estatisticamente significante com a recidiva da doença foram a infiltração vascular linfática (seis vezes maior, após dois anos de tratamento; p=0,01) e venosa (3,9 vezes e 9,5 vezes maior, após cinco e dois anos, respectivamente; p<0,001). Em relação ao FBT, o que se mostrou estatisticamente significante foi uma maior positividade do FBT (pela técnica HE) nas neoplasias do cólon do que as retais (p=0,03) e uma associação com infiltração vascular venosa e linfática (pelo método IMH) com um risco significativo 7,2 vezes e 2,9 vezes maiores, respectivamente (p=0,02 e p=0,01). O FBT apresentou uma sensibilidade de 35,7% e 71,4%; especificidade de 58,8% e 56,9%; acurácia de 53,8% e 60%; razão de probabilidades positiva de 0,87 e 1,7 e razão de probabilidades negativa de 1,1 e 0,5, pelas técnicas HE e IMH, respectivamente, para o diagnóstico de recidiva de doença. Considerando no modelo de análise discriminante como variável dependente a recidiva, observou-se que a variável selecionada com maior poder de discriminação foi a presença de infiltração vascular venosa com 81,5% de acerto de classificação (p<0,001). Apesar do FBT ser um fator preditor de agressividade tumoral, já que sua positividade está fortemente relacionada à infiltração vascular linfática e venosa por células tumorais, neste estudo, ao avaliar o FBT isoladamente, ele não foi capaz de predizer o risco de recidiva. São necessários outros estudos, com amostras maiores de pacientes, para melhor determinar o significado prognóstico deste parâmetro anatomopatológico.
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- Teses [119]