Comportamento fisiológico e bioquímico de frutos da Pitangueira (Eugenia Uniflora L.): características de interesse para o consumo humano.
Resumo
Resumo: A melhor caracterização dos atributos fisiológicos e bioquímicos de frutos da pitangueira deverá aumentar significativamente o apelo comercial destes frutos. A determinação do perfil de flavonóides durante o desenvolvimento de frutos da pitangueira é extremamente importante para a indústria de alimentos já que permite prever o melhor estádio de colheita e o processamento dos frutos para garantir que o produto comercial contenha quantidades consideráveis destes compostos funcionais. Os objetivos deste estudo foram caracterizar o perfil de flavonóides durante os estádios de desenvolvimento de frutos de uas variedades de pitangueira (vermelha e roxa) e o comportamento fisiológico de frutos tratados com etileno e seus inibidores. Frutos no estádio verde apresentaram a maior atividade antioxidante, medida como atividade sequestradora de DPPH• (17,18 e 18,13 mmol equivalentes de Trolox/100 g de fruto seco para as variedades vermelha e roxa, respectivamente), e também o maior conteúdo de fenólicos totais (4,14 e 5,18 g de equivalentes de ácido ferúlico/100 g de fruto seco para as variedades vermelha e roxa, respectivamente). O uso de espectrometria de massas permitiu a identificação de cianidina 3-O-glucosídeo, miricetina 3-O-hexosídeo, miricetina 3-O-pentosídeo, miricetina 3-O-ramnosídeo, quercetina 3-O-hexosídeo, quercetina 3-O-pentosídeo, quercetina 3-O-ramnosídeo e miricetina deoxihexosídeo-galato em ambas as variedades de pitangueira. O etileno acelerou o amaciamento e a coloração de frutos comparados ao controle, enquanto frutos tratados com aminoetoxivinilglicina (inibidor da biossíntese) e tiossulfato de prata (inibidor da ação do etileno) apresentaram atraso no esenvolvimento de cor e amadurecimento. Os dados deste estudo indicam que frutos da pitangueira são ricos em antioxidantes naturais e sugerem a possibilidade de manipular o amadurecimento destes frutos. Espera-se estimular uma maior utilização destes frutos, pela população em geral e pela indústria de alimentos, como fonte de fitoquímicos bioativos promotores da saúde humana. Abstract: A better characterization of the physiologycal and biochemical features of Brazilian cherry fruits is expected to significantly increase their marketing appeal. The determination of the flavonoids profile during the development of Brazilian cherry fruits is extremely important to the food industry since they can predict the best harvest stage and how to process the fruits to ensure that the commercial product contains considerable amounts of these functional compounds. The objectives of this study were to characterize the flavonoids profile during the developmental stages of Brazilian cherry fruits from two varieties, red and purple, and the physiological behavior of fruits treated with ethylene and its inhibitors. Fruits at the green stage presented the highest antioxidant activity, measured as DPPH• scavenging activity (17.18 and 18.13 mmoL Trolox equivalents/ 100 g dried fruits for the red and purple varieties, respectively), and total phenolic content (4.14 and 5.81 g of ferulic acid equivalents/100 g dried fruit for the red and purple varieties, espectively), as well. Use of tandem mass spectrometry allowed the identification of cyanidin 3-Oglucosyde, myricetin 3-O-hexoside, myricetin 3-O-pentoside, myricetin 3-Orhamnoside, quercetin 3-O-hexoside, quercetin 3-O-pentoside, quercetin 3-Orhamnoside, and myricetin deoxyhexoside-gallate in both varieties of Brazilian cherry. Ethylene enhanced fruit softening and color compared to the control, while fruits treated with aminoethoxyvinylglycine (biosynthesis inhibitor) and silver tiosulphate (ethylene action inhibitor) had delayed colour development and ripening. Our data indicate that Brazilian cherry fruits are rich in natural ntioxidants and suggest the possibility to manipulate the ripening of these fruits. It is expected to stimulate a wider use of these fruits by the general population and the food industry as a source of bioactive human health promoter phytochemicals.
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