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dc.contributor.advisorLadeira, João Martins, 1977-pt_BR
dc.contributor.otherUniversidade Federal do Parana. Setor de Artes, Comunicação e Design. Programa de Pós-Graduação em Comunicaçãopt_BR
dc.creatorMurr, Priscilapt_BR
dc.date.accessioned2025-11-05T12:25:48Z
dc.date.available2025-11-05T12:25:48Z
dc.date.issued2025pt_BR
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/1884/99145
dc.descriptionOrientador: Prof. Dr. João Martins Ladeirapt_BR
dc.descriptionTese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Artes, Comunicação e Design, Programa de Pós-Graduação em Comunicação. Defesa : Curitiba, 06/08/2025pt_BR
dc.descriptionInclui referênciaspt_BR
dc.description.abstractResumo: Diante de um vírus de potência mundial, que chega ao Brasil no ano de 2020, temos um cenário de privação quanto à realidade cotidiana, bem como no que diz respeito às práticas profissionais que exijam contato social. Essa nova conjuntura impacta aquilo que se conhece por "Padrão Globo de Qualidade" (PGQ), sedimentado em paralelo com o surgimento do Jornal Nacional (JN), da TV Globo, e representado por um conjunto de técnicas de excelência, que influencia a produção audiovisual nacional, consolidando-se como diretriz hegemônica. Para investigar essas transformações, tendo em vista o fato de que a aparição da covid-19 promove mudanças de postura no que tange ao caráter ritualizado da produção televisiva, esta pesquisa adota uma abordagem teórico-metodológica que, com base na estrutura de sentimento (Williams, 1979), situa o telejornalismo como performance, a partir do enquadramento da realidade, estabelecido por quadros de referência (Goffman, 1985) que projetam o modo de endereçamento (Machado, 2000) do JN, nesse contexto de flexibilização diante da imprevisibilidade da pandemia de coronavírus. Isso se dá segundo a hipótese de estabilidade do modo de endereçamento do telejornal a partir da cobertura da pandemia de coronavírus, tese que se converte em objetivo geral do presente trabalho. O recorte selecionado para análise compreende nove (9) episódios do JN, veiculados entre 26 de fevereiro de 2020 e 28 de março de 2023, da primeira morte pela doença no Brasil, passando pelo exponencial aumento do número de casos, até chegar ao fim do estado de pandemia mundial. Reconhecendo a performance estabelecida mediante ‘enquadramento narrativo’, ‘construção simbólica’ e ‘modo de endereçamento’, orientamos a resposta à questão: ‘o que está acontecendo?’ (Goffman, 1974), que abarca uma série de quadros de referência, os quais demonstram os lugares de segurança ou risco em contexto pandêmico; a referência geográfica de localização da cena; e a qualidade técnica profissional ou amadora nas imagens produzidas. Dividida em cinco (5) capítulos, esta pesquisa identifica um elemento básico comum ao produto considerado: a adaptabilidade. A capacidade de ajustar-se a diferentes situações e circunstâncias, que se reflete a partir do PGQ, identifica e diferencia o JN dos demais telejornais existentes. Seu modo de endereçamento consiste em práticas comunicativas específicas, que, além de estabelecer a relação com a audiência, por meio do entendimento quanto às experiências dos telespectadores, reforça sua diretriz tradicional. No contexto de transição em questão, verificamos o deslocamento desse paradigma. Porém, todos os enquadramentos que norteiam a materialização da performance televisual apontam para uma estrutura de sentimento que credencia o telespectador como autoridade, mas que, ainda assim, limita a actorialização em quadro. O PGQ se configura num aspecto restritivo no âmbito da produção jornalística, afinal, mediante diretrizes estéticas e discursivas específicas, torna homogêneos os conteúdos, limita a autonomia dos profissionais e compromete a multiplicidade de vozes e abordagens no JN. Logo, durante a pandemia, figuram opacas as fronteiras tanto sobre aquela rigidez de elaboração quanto com relação ao aparato tecnológico-digital utilizado, que vão além do paradigma, e, nesse sentido, são simbolicamente disruptivospt_BR
dc.description.abstractAbstract: In the face of a virus of global magnitude that reached Brazil in 2020, a scenario of deprivation emerges both in regard to everyday life and to professional practices requiring social contact. This new conjuncture impacts what is known as the "Globo Quality Standard" (PGQ), consolidated in parallel with the emergence of Jornal Nacional (JN) on TV Globo, and represented by a set of techniques of excellence that influence national audiovisual production, becoming established as a hegemonic guideline. To investigate these transformations, considering that the appearance of COVID-19 prompted changes in posture regarding the ritualized character of television production, this research adopts a theoretical-methodological approach which, based on the concept of structure of feeling (Williams, 1979), situates television journalism as performance. This is analyzed through the framing of reality, established by frames of reference (Goffman, 1985), which project the mode of address (modo de endereçamento, Machado, 2000) of Jornal Nacional within this context of flexibilization in the face of the unpredictability of the coronavirus pandemic. This is undertaken according to the hypothesis of the stability of the newscast’s mode of address throughout the coverage of the coronavirus pandemic, an assumption that becomes the general objective of the present work. The selected corpus comprises nine (9) episodes of JN, broadcast between February 26, 2020, and March 28, 2023, spanning from the first death from the disease in Brazil, through the exponential rise in cases, up to the end of the global pandemic status. Recognizing performance as established through ‘narrative framing,’ ‘symbolic construction,’ and ‘mode of address,’ the research responds to the question: "What is going on?" (Goffman, 1974), which encompasses a series of frames of reference that reveal sites of safety or risk in the pandemic context; the geographic reference of the scene’s location; and the technical quality of the images produced. Divided into five (5) chapters, this research identifies a basic element common to the product under consideration: adaptability. The capacity to adjust to different situations and circumstances, reflected through the PGQ, distinguishes Jornal Nacional from other newscasts. Its mode of address consists of specific communicative practices which, beyond establishing a relationship with the audience through an understanding of viewers’ experiences, reinforce its traditional guideline. In the transitional context under examination, we observe the displacement of this paradigm. Yet, all the framings that guide the materialization of televisual performance point to a structure of feeling that grants the viewer a role of authority, while still limiting their presence within the frame. The PGQ thus takes shape as a restrictive aspect within journalistic production, since through specific aesthetic and discursive guidelines it homogenizes content, curtails professional autonomy, and compromises the multiplicity of voices and approaches on Jornal Nacional. During the pandemic, however, the boundaries of this rigidity in both elaboration and the technological-digital apparatus employed appear opaque, transcending the paradigm and becoming, in this sense, symbolically disruptivept_BR
dc.format.extent1 recurso online : PDF.pt_BR
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.languagePortuguêspt_BR
dc.subjectJornal Nacional (Programa de televisão)pt_BR
dc.subjectComunicaçãopt_BR
dc.subjectJornalismopt_BR
dc.subjectControle de qualidadept_BR
dc.subjectCOVID-19, Pandemia de, 2020-2023pt_BR
dc.subjectComunicaçãopt_BR
dc.titleA seguir : a pandemia de coronavírus como espaço de performance endereçada pelo Jornal Nacionalpt_BR
dc.typeTese Digitalpt_BR


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