• Entrar
    Ver item 
    •   Página inicial
    • BIBLIOTECA DIGITAL: Teses & Dissertações
    • 40001016009P0 Programa de Pós-Graduação em História
    • Dissertações
    • Ver item
    •   Página inicial
    • BIBLIOTECA DIGITAL: Teses & Dissertações
    • 40001016009P0 Programa de Pós-Graduação em História
    • Dissertações
    • Ver item
    JavaScript is disabled for your browser. Some features of this site may not work without it.

    Arte monumental e decorativa na Península Ibérica medieval : o uso da tradição Andaluza no discurso de legitimação do poder régio de Pedro I de Castela

    Thumbnail
    Visualizar/Abrir
    R - D - RENAN NEGRAO DE QUEIROZ.pdf (14.08Mb)
    Data
    2025
    Autor
    Queiroz, Renan Negrão de
    Metadata
    Mostrar registro completo
    Resumo
    Resumo: A presente dissertação investiga como o Palácio de Pedro I de Castela (1334-1369), no Real Alcázar de Sevilha erigido entre 1356 e 1366, constituiu um instrumento de propaganda política fundamentado na arte monumental e decorativa de matriz islâmica. A hipótese orientadora propõe que, ao apropriar-se conscientemente dos códigos visuais da tradição andaluza - especialmente os da corte nacérida de Granada -, Pedro I articulou um discurso de legitimação do poder que transcendeu as fronteiras religiosas e culturais da Península Ibérica do século XIV. Com base em uma abordagem metodológica ancorada na História Conectada, o estudo examina as relações de intercâmbio entre cristãos e muçulmanos e as formas simbólicas resultantes desse contato, incorporando os conceitos de hibridização, cultura compartilhada e circulação artística e de ideias. O corpus analítico concentra-se no conjunto de imagens do Salão dos Embaixadores e no Pátio de Montaria do Real Alcázar de Sevilha, concebidos sob orientação direta de Pedro I e em estreita colaboração com Muhammad V de Granada. A investigação considera, ainda, a produção textual de Pero López de Ayala, chanceler de Castela e cronista oficial que desempenhou papel central na construção da imagem negativa de Pedro I após a ascensão da dinastia Trastâmara. A contraposição entre a retórica anti-petrista das Crónicas de los Reyes de Castilla e a materialidade palaciana permite uma leitura crítica das estratégias de representação e construção - e destruição - da imagem do rei. A análise do programa decorativo de Pedro I revela a apropriação deliberada de dispositivos estéticos islâmicos - como a configuração espacial da qubba e a epigrafia em árabe - como forma de emular a sofisticação da corte nacérida e afirmar uma autoridade inteligível tanto a cristãos quanto a muçulmanos, em um contexto favorável no sul peninsular durante o período de disputas contra seu meio-irmão, Henrique de Trastâmara (1332-1379) pelo trono de Castela. A partir da comparação com os programas artísticos de Afonso X e Afonso XI, bem como com a iconografia palaciana de Muhammad V em Alhambra, esta pesquisa demonstra que a arte não apenas ornamentou o poder, mas constituiu seu próprio discurso. Ao problematizar os limites dos termos "arte mudéjar" e "reconquista", este estudo contribui para repensar as categorias da historiografia da arte ibérica medieval, propondo uma leitura crítica das manifestações visuais como produto de redes culturais conectadas
     
    Abstract: This dissertation examines how the palace of Pedro I of Castile (1334–1369) within the Real Alcázar of Seville, erected between 1356 and 1366, operated as an instrument of political propaganda grounded in monumental and decorative art of Islamic matrix. The central hypothesis argues that, through the deliberate appropriation of Andalusi visual codes - especially those of the Nasrid court of Granada -, Pedro I articulated a discourse of legitimation that crossed religious and cultural boundaries in fourteenth-century Iberia. Anchored in a Connected History framework, the study analyzes circuits of exchange between Christians and Muslims and the symbolic forms generated by these contacts, drawing on the concepts of hybridity, shared culture, and the circulation of artistic forms and ideas. The analytical corpus focuses on the image ensembles of the Salón de Embajadores and the Patio de la Montería, both conceived under Pedro I’s direct oversight and in close collaboration with Muhammad V. The investigation also considers the textual production of Pero López de Ayala, Castile’s chancellor and official chronicler, whose narratives were instrumental in shaping the later Trastámara-era denigration of Pedro I. Juxtaposing the anti-Petrine rhetoric of the Crónicas de los Reyes de Castilla with the Alcázar’s material program enables a critical reading of strategies for representing, constructing, and dismantling royal image. The analysis demonstrates the purposeful adoption of Islamic aesthetic devices - such as the spatial logic of the qubba and Arabic epigraphy - to emulate the sophistication of the Granada court and to assert an authority legible to both Christian and Muslim audiences amid the Southern Peninsular context of Pedro I’s contest with his half-brother, Enrique de Trastámara (1332–1379). Through comparison with artistic programs under Alfonso X and Alfonso XI, as well as with Muhammad V’s palatial iconography at the Alhambra, the dissertation argues that art not only adorned power but constituted a political discourse in its own right. By problematizing the categories "Mudejar art" and "Reconquista," it contributes to a critical reappraisal of medieval Iberian art historiography, advancing a reading of visual manifestations as products of connected cultural networks
     
    Resumen: La presente disertación investiga cómo el Palacio de Pedro I de Castilla (1334-1369), construido en el Real Alcázar de Sevilla entre los años 1356 y 1366, constituyó un instrumento de propaganda política fundamentado en el uso del arte monumental y decorativo de matriz islámica. La hipótesis orientadora propone que, al apropiarse conscientemente de los códigos visuales de la tradición andalusí - en especial los desarrollados en la corte nazarí de Granada -, Pedro I articuló un discurso de legitimación del poder que trascendía las fronteras religiosas y culturales de la Península Ibérica del siglo XIV. Desde una metodología anclada en la Historia Conectada, este estudio examina las relaciones de intercambio entre cristianos y musulmanes y las formas simbólicas resultantes de dicho contacto, incorporando los conceptos de hibridización, cultura compartida y circulación artística y de ideas. El corpus analítico se centra en el conjunto de imágenes del Salón de Embajadores y en el Patio de la Montería del Real Alcázar de Sevilla, ambos concebidos bajo la orientación directa de Pedro I y en estrecha colaboración con Muhammad V de Granada. La investigación contempla además la producción textual de Pero López de Ayala, canciller de Castilla y cronista oficial que desempeñó un papel central en la construcción de la imagen negativa de Pedro I tras el ascenso de la dinastía Trastámara. La confrontación entre la retórica antipetrista de las Crónicas de los Reyes de Castilla y la materialidad palaciega permite una lectura crítica de las estrategias de representación y de construcción - y destrucción - de la imagen del rey. El análisis del programa decorativo demuestra la apropiación deliberada de dispositivos estéticos islámicos - como la configuración espacial de la qubba y la epigrafía árabe - como medio para emular la sofisticación de la corte nazarí y afirmar una autoridad inteligible tanto para cristianos como para musulmanes, en un contexto favorable en el sur peninsular durante el periodo de disputas con su medio Hermano, Enrique de Trastâmara (1332-1379), por el trono de Castilla. A partir de la comparación con los programas artísticos de Alfonso X y Alfonso XI, así como con la iconografía palaciega de Muhammad V en la Alhambra, esta investigación demuestra que el arte no solo ornó el poder, sino que constituyó su propio discurso. Al problematizar los límites de las categorías "arte mudéjar" y "reconquista", el estudio contribuye a replantear las nociones historiográficas tradicionales sobre el arte ibérico medieval, proponiendo una lectura crítica de las manifestaciones visuales como producto de redes culturales interconectadas
     
    URI
    https://hdl.handle.net/1884/98731
    Collections
    • Dissertações [261]

    DSpace software copyright © 2002-2022  LYRASIS
    Entre em contato | Deixe sua opinião
    Theme by 
    Atmire NV
     

     

    Navegar

    Todo o repositórioComunidades e ColeçõesPor data do documentoAutoresTítulosAssuntosTipoEsta coleçãoPor data do documentoAutoresTítulosAssuntosTipo

    Minha conta

    EntrarCadastro

    Estatística

    Ver as estatísticas de uso

    DSpace software copyright © 2002-2022  LYRASIS
    Entre em contato | Deixe sua opinião
    Theme by 
    Atmire NV